Com impasse no preço do gás natural, usina tenta operar a óleo diesel
A Tractebel Energia confirma o impasse com a Petrobras sobre o preço do gás natural e tenta aval da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para operar a usina termelétrica Willian Arjona, em Campo Grande, com óleo diesel.
Ontem, a Aneel suspendeu a operação comercial utilizando o gás natural como combustível. De acordo com o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres, diante da falta de gás, a empresa manifestou à Aneel a possibilidade de despachá-la a óleo diesel. “Mesmo considerando a complexidade da logística para essa operação, mas até o momento não tivemos resposta da agência”, afirmou, por meio da assessoria de imprensa.
A empresa justifica que tem direito a preço inferior do gás, conforme a legislação do PPT (Programa Prioritário de Térmicas), criado pelo governo federal. “O preço que a Petrobras quer aplicar é muito superior ao estabelecido no PPT. Já tentamos negociar este preço, mas sem sucesso”, salienta o presidente da Tractebel.
O impasse está na Justiça. Uma ação contra a Petrobras foi ajuizada no STJ (Superior Tribunal de Justiça). “Esperamos que o mais rapidamente possível, o nosso direito de ter o gás seja restabelecido para assegurarmos a operação da usina”, afirma Manoel Torres.
A usina foi a primeira movida a gás natural no Brasil, dentro de um plano de diversificação da matriz energética. Ela complementa o suplemento energético no Estado, sendo a produção demandada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) em caso de aumento do consumo de energia.