Eldorado propõe anular contrato para seguir investindo em MS, mas Paper rejeita
Aquisição não encerrada da Eldorado pela Paper Excellence foi feita em 2017 e caso está na Justiça desde então
Batalha judicial travada entre a Eldorado Brasil Celulose e a Paper Excellence parece estar longe de acabar. Nesta segunda-feira, em reunião em em Frankfurt, na Alemanha, a PE rejeitou proposta da Eldorado de desfazer o contrato já judicializado e firmado em 2017.
O proponente, Joesley Batista, falou com o controlador da Paper, Jackson Widjaja, da Indonésia, e previa a devolução integral dos recursos pagos pela empresa indonésia e sem a cobrança de perdas e danos pelos prejuízos acumulados ao longo de cinco anos de litígio. Mas Widjaja disse não.
A briga em questão relaciona-se com a aquisição não concluída da planta da Eldorado em Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande. O desfazimento voluntário do negócio permitiria o fim da briga judicial e possibilitaria início imediato do investimento bilionário da Eldorado.
A 2ª Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados a Arbitragem de São Paulo suspendeu, por meio de liminar, a sentença que autorizava o grupo indonésio Paper Excellence a terminar de adquirir a Eldorado Brasil, do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, em março de 2021.
O MPF (Ministério Público Federal) pede na Justiça a nulidade do acordo, uma vez que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a própria Paper confirmam que a empresa estrangeira nunca solicitou autorização do Congresso para se tornar proprietária e arrendatária das terras controladas pela Eldorado.
A Eldorado tem interesse em desfazer o negócio porque já tem projeto que amplia a capacidade de processamento de celulose de 1,8 milhão para 4,5 milhões de toneladas por ano.
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