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Economia

Em ano de queda na receita, indústria fecha 6 mil postos de trabalho

Caroline Maldonado | 28/01/2016 10:42
Construção foi o segmento que mais reduziu os postos de trabalho em 2015, foram 3.205 a menos (Foto: Marcelo Vitor)
Construção foi o segmento que mais reduziu os postos de trabalho em 2015, foram 3.205 a menos (Foto: Marcelo Vitor)

Juntas, as indústrias de transformação, extrativismo mineral, construção civil e de serviços de utilidade pública, demitiram mais de 9.185 funcionários ao longo de 2015, em Mato Grosso do Sul. No ano, foram abertas somente 2.930 vagas. O deficit é de 6.255 na geração de empregos. Os números são resultado de um ano difícil para o setor com queda na receita e exportações reduzidas em 21,9%.

Com isso, o desempenho da indústria ficou atrás do setor de serviços, administração pública e do comércio, segundo a Fiems (Federação das Indústrias de MS). O segmento da construção foi o que mais enxugou os postos de trabalho.

Os dados da entidade revelam que dezembro registrou o décimo mês consecutivo com redução de vagas na indústria sul-mato-grossense, com saldo negativo de 2.136 vagas.

De janeiro a dezembro, as maiores reduções ocorreram na indústria da construção, foram 3.205 postos de trabalho a menos. Em seguida, estão a indústria química, com menos 1.687 e o segmento de têxtil e do vestuário, com redução de 1.644. A indústria de produtos alimentícios e bebidas teve que diminuir em 961 as oportunidades para o trabalhador e a mecânica, em 719, enquanto a metalúrgica perdeu 489 postos.

Somente no mês de dezembro, a indústria da construção foi a que mais registrou redução nos postos de trabalho, foram 723 a menos. Em segundo lugar, está a indústria química, com queda de 394 postos e em terceiro, a indústria de produtos alimentícios e bebidas, que diminuiu em 200 os postos.

No mês, o segmento de calçados reduziu em 190 os postos de trabalho e indústria têxtil e do vestuário teve que enxugar 172 vagas. Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, atualmente, a atividade industrial responde por 19,5% de todo o emprego formal existente em Mato Grosso do Sul.

“Com o desempenho ocorrido no último mês do ano, a indústria caiu do 3º para o 4º maior contingente de trabalhadores formais do Estado, condição ocupada pela última vez em 2006”, detalhou o economista.

Segmentos – Ao todo, 77 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, com a abertura de 2.930 vagas. Destacam-se o abate de suínos, aves e outros pequenos animais, com abertura de 520 vagas; distribuição de energia elétrica, com mais 228 oportunidades; fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado, que aumentaram em 199 os postos de trabalho e obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações, com geração de 197 vagas.

Cidades – Em 38 dos municípios, as indústrias registraram aumento na contratação em 2015, com abertura de 1.888 vagas. Entre as cidades com saldo positivo de 70 a 300 vagas, destacam-se São Gabriel do Oeste, Anastácio, Nova Andradina, Itaquiraí, Juti, Sidrolândia, Angélica, Bataguassu, Chapadão do Sul, Coxim e Terenos.

Em contrapartida, em 39 municípios as industriais fecharam 11.073 vagas. Entre as cidades com saldo negativo de 989 a 3,9 mil vagas destacam-se Campo Grande, Três Lagoas e Dourados, as que mais enxugaram o número de oportunidades.

Também reduziram os postos de trabalho, Bataiporã, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Naviraí, Caarapó, Corumbá, Eldorado, Aparecida do Taboado, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Iguatemi e Costa Rica. Essas cidades fecharam entre 98 e 759 vagas, cada.

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