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Economia

Funcionários cruzam os braços e loja pode continuar fechada amanhã

Bianca Bianchi | 31/01/2016 13:00
Loja Matriz da Rede Bigolin Materiais de Construção, na Rua 13 de Maio (Foto: Marcos Ermínio)
Loja Matriz da Rede Bigolin Materiais de Construção, na Rua 13 de Maio (Foto: Marcos Ermínio)

A segunda-feira será de incertezas para a Rede Bigolin em Campo Grande. Com salários atrasados, há uma movimentação entre colaboradores da rede de lojas de materiais de construção para que não haja atendimento amanhã (01).

“Eu não vou trabalhar. Como todo mundo, tenho contas para pagar e compromissos para honrar. Só volto quando receber tudo que está atrasado”, afirma um dos funcionários, que pediu para não ser identificado.

De acordo com funcionários da rede, que pediram anonimato, o problema começou em novembro, quando o salário atrasou e foi pago de forma parcelada. A segunda parcela do 13º, que deveria ter sido depositada no dia 20 de dezembro não foi paga até hoje, assim como o salário de janeiro.

“Cada hora eles falam uma coisa, agora prometeram o 13º para o dia 5 de fevereiro e o salário para o dia 12, mas ninguém está contando que eles vão cumprir. É uma mentira atrás da outra”, comenta um vendedor que trabalha há 3 anos na rede.

Benefícios e impostos também estariam entre os problemas. Funcionários relatam que o FGTS não é depositado desde janeiro de 2015 e o vale alimentação não tem sido pago desde outubro do ano passado. Um dos funcionários também teria tido problema ao tentar usar o plano de saúde que tem convênio com a empresa, pois o percentual descontado da folha de pagamento não é repassado para a operadora contratada. Além disso, funcionários demitidos pela empresa estão sem receber seus direitos.

“Entregaram minha carteira de trabalho e disseram pra eu procurar outro emprego logo porque eles não tinham previsão de me pagar. Tive que recorrer à Justiça e agora o jeito é aguardar”, explica uma ex-funcionária, dispensada na primeira quinzena de janeiro.

O Campo Grande News entrou em contato com diretores da Bigolin, que não atendeu e nem retornou as ligações.

Portas fechadas - Na tarde de ontem (30), as lojas das avenidas Júlio de Castilho e Coronel Antonino foram fechadas. Funcionários se recusavam a trabalhar com pagamentos atrasados, enquanto a gerência afirmava ser dia de balanço.

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