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Economia

Governo mapeia profissões do futuro em MS

Cursos técnicos e novas graduações deverão ser apostas de jovens

Por Maristela Brunetto | 06/03/2025 07:12
Governo mapeia profissões do futuro em MS
Estado busca expansão da indústria de transformação e falta mão de obra para muitos setores (Fotos: Divulgação Senai)

De olho no crescimento industrial que o Estado vivencia, o Governo vê como tendência o avanço de cursos técnicos e algumas novas graduações, para preparar jovens e adultos para “profissões do futuro”. Já há alguns setores que apontam uma persistente falta de mão de obra, como logística, com motoristas para caminhão, e a indústria.

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O governo de Mato Grosso do Sul está mapeando as profissões do futuro para atender à crescente demanda do setor industrial no estado. Há escassez de mão de obra em áreas como logística, com falta de motoristas de caminhão, e na indústria em geral, incluindo professores para formação profissional. Os setores de papel e celulose, serviços, mineração, tecnologia da informação, bioenergia e citricultura lideram o crescimento econômico do estado. A UEMS está adaptando sua oferta educacional, criando novos cursos como silvicultura em parceria com a Suzano, e focando em áreas emergentes como Ciência de Dados, Inteligência Artificial e Biotecnologia. A Secretaria Executiva de Qualificação Profissional concentra esforços na preparação de trabalhadores para setores em expansão, enquanto diversos segmentos, como indústria e serviços de alimentação, relatam dificuldades no preenchimento de vagas disponíveis. A situação é tão crítica que o setor de transportes busca parcerias com o Paraguai para qualificar motoristas.

Segundo o Executivo Estadual, faltam até professores para ensinar as pessoas para ingressarem ou se reciclarem no mercado de trabalho. No cenário econômico de crescimento, seguem como carros chefe os setores de papel e celulose, serviços, mineração, tecnologia da informação, bioenergia e citricultura. As perspectivas ficam ainda mais positivas com a aproximação da conclusão das obras do Corredor Bioceânico.

O pró-reitor de Ensino da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Dourados, Walter Guedes, considera que os jovens devem observar as oportunidades na região onde vivem. Nesse sentido, a instituição está adotando diversas estratégias para oferecer novos cursos que atendam às demandas. Um exemplo recente é a criação de um curso de silvicultura em conjunto com a Suzano em Ribas do Rio Pardo, onde a fábrica de celulose instalou sua terceira planta de produção e há ampla ocupação de áreas para plantio do eucalipto, atividade que oferece muitas vagas.

Ele considera que até mesmo graduações tradicionais, como engenharia, arquitetura e geologia vivenciam novos desafios e sinaliza com especialização em algumas áreas, como Tecnologia da Informação, Logística e Comércio Exterior, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Energias Renováveis, e em Cidades Inteligentes.

Sobre áreas emergentes, o pró-reitor cita Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Biotecnologia e Gestão de Projetos e Negócios. Segundo ele, a UEMS atua ampliando suas ofertas de estudo para as diferentes regiões porque “permite atender à diversidade deste território, fortalecer as relações com a comunidade, promover a inclusão social e proporcionar uma formação plural, crítica, flexível, inovadora e inclusiva.”

Conforme o pró-reitor, com parcerias estratégicas e estrutura própria, a instituição elencou “alguns eixos importantes no planejamento e na oferta como sustentabilidade, inovação e tecnologia, tempo de duração e personalização dos cursos.”

Na qualificação técnica, tarefa ligada à Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Trabalho, operando dentro da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o foco também é preparar trabalhadores para setores em expansão, como celulose, citricultura, bioenergia, logística, proteína animal e mineração.

"Na cadeia de transversalidade industrial, existem profissões que atendem todas as empresas como a de técnico em manutenção industrial. O setor produtivo está moldando seus funcionários dentro da particularidade que necessita", analisa o secretário executivo da área do trabalho, Esaú Rodrigues de Aguiar Neto.

A demanda por trabalhadores tem sido evidenciada de forma persistente por vários setores, como o industrial, com vagas não preenchidas na indústria e até mesmo em cursos profissionalizantes do Senai. Segmento de bares e restaurantes também aponta a existência de postos de trabalho não preenchidos. No caso de motoristas, entidade que representa o setor de transporte chegou a se articular com o governo paraguaio para buscar condutores no país vizinho e qualificá-los para conduzir grandes caminhões.

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