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Economia

Grupo frigorífico quer criar bairro planejado com quase 10 mil lotes na Capital

A área conta com 649 hectares e a previsão é de que ao longo de 30 anos seja completamente ocupado

Por Izabela Cavalcanti | 18/11/2024 07:55
Grupo frigorífico quer criar bairro planejado com quase 10 mil lotes na Capital
Entroncamento da Avenida Tunita Mendes com a Rua Capitão Mário Pio Pereira, onde está prevista a primeira fase do Bairro Planejado Santa Ester (Foto: Paulo Francis)

Campo Grande está na mira para ganhar um Bairro Planejado, na região do Núcleo Industrial. O bairro será nominado como Santa Ester e contará com 9.968 lotes, formados por loteamentos abertos, residências unifamiliares, condomínios horizontais, polos empresariais e centralidades de uso misto.

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Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, está prestes a receber um novo Bairro Planejado, o Santa Ester, com 9.968 lotes, desenvolvido pela J&F Investimentos S.A. O projeto, localizado na macrozona urbana do Imbirussú, abrangerá residências, condomínios, polos empresariais e áreas de uso misto. A área de 649 hectares permitirá um aproveitamento de 99,47% e acomodará cerca de 28.000 habitantes. O projeto prevê uma primeira fase com 60 hectares destinados a um loteamento, com a previsão de que a implementação completa do bairro ocorra ao longo de 30 anos. O bairro está sendo apresentado como uma forma de atender à demanda por moradias e serviços para trabalhadores da região e para a população de Campo Grande em geral, e uma audiência pública está marcada para 3 de dezembro para discutir os impactos do empreendimento. O novo bairro pode se tornar uma tendência em Campo Grande, seguindo o modelo de outros bairros planejados que já foram bem-sucedidos no Brasil.

O projeto ainda está na fase do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental), que visa solicitação de licença ambiental prévia. Para discutir sobre os impactos do empreendimento, está marcado para 3 de dezembro, audiência pública, que será realizada às 18h, na Escola Municipal de Educação Infantil Santa Emília.

A área é de propriedade da J&F Investimentos S.A, gigante de frigorífico com atuação mundial, que pertence aos irmãos batistas, Joesley e Wesley Batista, que segundo a Forbes têm patrimônios que chegam a US$ 3,9 bilhões para cada. A empresa é a holding que controla empresas de diversos segmentos: alimentos, cosméticos, higiene e limpeza, celulose, energia, minérios, serviços financeiros.

O complexo imobiliário foi projetado para ser na macrozona urbana do Imbirussú, no Núcleo Industrial, à margem da rodovia 262, limitando-se a norte do bairro São Conrado e Nova Campo Grande e a leste com o Bairro Caiobá. Atualmente, a área é usada para lavoura de soja.

Além disso, a região é próxima do Distrito Industrial, Área Militar e do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

A primeira fase do empreendimento será denominada de Loteamento Santa Ester e tem uma área de aproximadamente 60 hectares, localizado no entroncamento da Avenida Tunita Mendes com Rua Capitão Mário Pio Pereira.

A previsão é de que ao longo de aproximadamente 30 anos, se instale todos os empreendimentos do bairro planejado.

A área total conta com 649 hectares, permitindo um aproveitamento de 99,47%, enquanto a área urbanizável tem um potencial de acolher 28.000 habitantes. “[...] será como uma pequena cidade dentro da cidade”, mostra o estudo.

Ainda conforme o EIA, os produtos imobiliários correspondem a sete unidades de parcelamentos abertos com um total de 6.270 lotes residenciais e de uso misto, quatro destinadas à incorporação de residências unifamiliares com, aproximadamente, 527 casas, quatro condomínios fechados com 3.171 lotes, assim como áreas destinadas à logística, indústrias e serviços regionais.

Grupo frigorífico quer criar bairro planejado com quase 10 mil lotes na Capital
Ilustração do Bairro Planejado Santa Ester com todas as Fases (Foto: Reprodução EIA/Rima)

Foram, também, destinados 167 hectares, correspondendo a 20% do total urbanizável da gleba, conforme lei municipal, para áreas livres verdes e implantação de equipamentos comunitários.

“A implantação de um empreendimento do tipo bairro planejado deve ser vista como uma forma de atender aos trabalhadores empregados das indústrias ali presentes e suas famílias; e também como forma de proporcionar terrenos urbanos supridos de infraestrutura completa para toda população de Campo Grande, tanto para moradia, como para comércios e serviços. [...] A população poderá utilizar este Bairro Planejado para morar, trabalhar, estudar ou utilizar seu comércio e serviços”, informa parte do estudo.

Grupo frigorífico quer criar bairro planejado com quase 10 mil lotes na Capital
Atualmente, a área está com plantação de soja e deve dar espaço ao complexo imobiliário (Foto: Paulo Francis)

Tendência - Na visão do presidente do Secovi-MS (Sindicato de Habitação de Mato Grosso do Sul), Geraldo Paiva, o novo modelo em Campo Grande pode se tornar tendência.

“Os primeiros bairros planejados no Brasil têm obtido sucesso em aproximar a moradia das atividades comerciais e de serviço. É uma solução que privilegia principalmente a racionalização da mobilidade. Me parece, que poderá ser uma nova tendência na modernização das nossas cidades”, destacou.

Ele explica que bairro planejado é criar um loteamento. “Com todo planejamento de onde poderá ter verticalização, comércio e serviço em locais específicos tendo muita área verde e de lazer na sua composição, com localização especificada. A verticalização como comércio e serviço também só poderá ocorrer em locais pré-determinados”, explicou.

Além deste novo complexo, outra empresa também já anunciou o Bairro Planejado Eparque Campo Grande, com quase 1,5 mil lotes.

O local fica de fácil acesso pela Avenida Duque de Caxias e pela Marginal Lagoa, ficando próximo aos bairros Bela Laguna e Coophavila 2, além de centros comerciais e serviços como hospital e shopping.

Conforme dados da Emais Urbanismo, do ramo de bairros planejados, os terrenos, inicialmente comercializados por valor médio de R$ 52 mil, atualmente, está com o valor médio de R$ 84 mil.

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