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Economia

Insatisfeitos com negociação, bancários mantêm greve a partir de terça-feira

Caroline Maldonado | 28/09/2014 17:24
Bancos fizeram contra-proposta, mas sindicalistas consideram insuficiente (Foto: Simão Nogueira)
Bancos fizeram contra-proposta, mas sindicalistas consideram insuficiente (Foto: Simão Nogueira)

Em reunião com bancários, neste sábado (27), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu aumentar o reajuste de 7% para 7,35% para os salários e de 7,5% para 8% para os pisos, na tentativa de evitar a greve sinalizada pela categoria. Como o percentual é considerado baixo pelos bancários, foi confirmada a greve com início na terça-feira (30) e tempo indeterminado.

Para a presidente do Sindicário (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região), Iaci Torres, a proposta dos bancos é insuficiente. “Os bancos tiveram crescimento de mais 20% no último ano, então sabemos que esse aumento é possível”, afirma.

Segundo a presidente da entidade, a greve é necessária já que os bancos insistem ainda em não negociar outros itens das reivindicações, como demissões e “metas inatingíveis”. “A gente sabe que existe complicação para a populçao porque é período em que aumenta muito o movimento nos bancos, mas precisamos da compreensão de todos, porque se não o bancários continuarão sendo prejudicados”, destaca.

Iaci lembra que durante dias normais os clientes já são prejudicados pela demora no atendimento. “A população já espera até duas horas nas filas e é por isso também que estamos brigando”, acrescenta.

Embora, a última negociação não tenha retraído a greve, a presidente do Sindicário acredita que é possível que os bancos cedam as reivindicações com o início da greve. “Desta vez, eles estão com uma estratégia diferente, porque em outros anos eles não faziam proposta inicial com aumento real, era sempre a inflação. Então, queremos fazer uma pressão muito forte para que isso se resolva o mais rápido possível”.

De acordo com o Sindicário, boa parte dos bancos do Estado devem aderir a greve. A orientação é para que a população adiante para segunda-feira (29) as transações e durante a greve recorra aos caixas eletrônicos e agências lotéricas.

Reivindicação - Os sindicalistas querem reajuste de 12,5% nos salários, piso salarial de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá; que estão entre os 20 itens da reivindicação.

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