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Economia

Bancários de Dourados e região entram em greve no dia 30, anuncia sindicato

Helio de Freitas, de Dourados | 26/09/2014 09:15
Greve foi aprovada em assembleia na noite desta quinta-feira; categoria rejeitou proposta de bancos (Foto: Divulgação)
Greve foi aprovada em assembleia na noite desta quinta-feira; categoria rejeitou proposta de bancos (Foto: Divulgação)

Bancários de Dourados e cidades da região prometem iniciar greve por tempo indeterminado à 0h do dia 30 deste mês, próxima terça-feira. A decisão foi tomada em assembleia na noite desta quinta-feira, no sindicato da categoria.

São 1.040 bancários em 13 municípios da região. Se a greve se concretizar, pode afetar pelo menos 50 agências bancárias.

Conforme nota divulgada pelo diretor de imprensa e comunicação do sindicato, Joacir Rodrigues de Oliveira, os bancários rejeitaram a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

“A proposta dos bancos de reajuste de 7% sobre todas as verbas e 7,5% sobre o piso foi rejeitada pela maioria absoluta dos bancários presentes (recebeu apenas três votos). As reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, fim das metas abusivas, assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades foram ignoradas pelos bancos”, afirma a nota do sindicato.

Os bancários reivindicam 12,5% de reajuste, piso de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá. Também cobram o fim das dispensas sem motivo, da cobrança por metas, ampliação dos itens do projeto piloto de segurança para todo o Brasil e igualdade de oportunidades na ascensão profissional.

O presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região Janes Estigarribia afirma que falta boa vontade dos bancos em resolver a campanha salarial dos bancários.

“As empresas têm lucros extraordinários. Em 2013 foram quase R$ 60 bilhões e só no primeiro semestre de 2014, Bradesco, Itaú e Santander lucraram juntos R$ 19,7 bilhões. Na contramão da economia brasileira que nos primeiros seis meses do ano gerou 588,6 mil novos empregos com carteira assinada, esses dois bancos fecharam 3.686 postos de trabalho no mesmo período”, afirmou o sindicalista.

Conforme o sindicato, a aprovação da greve segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que avaliou como "insuficientes" as propostas da Fenaban e dos bancos públicos.

Uma nova assembleia está marcada para segunda-feira às 18h, para avaliar uma eventual nova proposta dos bancos ou para organizar a paralisação. “Temos obrigação de respeitar todos os prazos da lei. É o que estamos fazendo para que os bancários possam exercer seu direito de greve sem serem ameaçados com demissões”, afirmou Estigarribia.

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