Mercados ainda analisam decisão, mas cogitam fechar as portas no feriado
A diretoria do Sindsuper (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande) vai se reunir ainda nesta quarta-feira (26) para definir qual medida irá tomar acerca da decisão que proíbe donos de mercados a obrigarem funcionários a trabalharem no Dia do Trabalhador, 1º de maio.
O presidente da entidade, João Luiz Rosa Marques, afirma que existe a possibilidade de acatar a sentença, orientando os estabelecimentos a fecharem as portas na segunda-feira.
“Nós estamos analisando se o recurso será viável ou se as empresas acabarão por fechar na segunda, na contramão da necessidade que a populaçãoo tem de usar serviços de primeira necessidade, que são os supermercados”, disse o sindicalista ao Campo Grande News.
Porém, segundo ele, ainda não há um posicionamento concreto do Sindsuper sobre o assunto. “Até amanhã, no fim da tarde, a decisão tomada hoje será divulgada”, afirma.
Entrave – A ação que culminou na sentença desta quarta foi protocolada pelo sindicato que representa os funcionários dos supermercados.
Normalmente, entre maio e abril são firmados acordos coletivos que estabelecem em quais recessos os empregados podem ser convocados para trabalhar durante o ano e sob quais vantagens, normalmente em troca de folga e vale compra.
O problema é que neste ano as negociações não chegaram ao consenso principalmente em razão do reajuste pleiteado pela categoria, de 5,45%. Os patrões chegaram a oferecer aumento de 0,5% (cerca de R$ 4,75) e depois 2,5%. Atualmente o salário-base da categoria é R$ 990.
Além disso, os supermercados queriam tirar a folga dos funcionários pelo trabalho em feriados.
Na última sexta-feira (21), feriado de Tiradentes, alguns estabelecimentos abriram as portas mesmo sem decisão que embasasse a medida.