Mesmo no Dia do Consumidor, comércio central tem pouca movimentação e promoções
No comércio da Rua 14 de Julho, uma das principais vias centrais, poucas lojas exibiam cartazes de promoção
Mesmo em pleno Dia do Consumidor, data comercial celebrada em todo o país, o comércio central de Campo Grande teve uma movimentação fraca, com poucas vendas e poucos cartazes de promoção na manhã deste sábado (15).
RESUMO
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Mesmo no Dia do Consumidor, o comércio central de Campo Grande teve baixa movimentação e poucas promoções. Lojas como MM e Magalu ofereceram descontos de até 80%, mas o público se mostrou contido, possivelmente devido à preocupação com a economia. Enquanto alguns consumidores não perceberam grandes vantagens nos preços, outros preferem o e-commerce. Gerentes de lojas esperam melhora nas vendas nos próximos dias. A percepção dos clientes varia, com alguns achando os preços altos e outros aproveitando as promoções.
A reportagem percorreu a Rua 14 de Julho, uma das principais vias do comércio central, e constatou que poucas lojas exibiam cartazes de promoção. Além disso, alguns comerciantes que preferiram não se identificar reiteraram que o movimento foi fraco.
Entre as poucas lojas com promoções, estava a Loja MM, que vende móveis e eletrodomésticos. O gerente, Elvis Duarte, de 38 anos, explicou que a loja oferecia descontos de até 30% em todos os setores, principalmente móveis e refrigeração. No entanto, nem os descontos atraíram o público na manhã de hoje.
“Nós esperávamos um movimento maior. Ontem, sexta-feira, foi bem fraco. Achamos que o pessoal deixaria para comprar hoje, mas não foi o que aconteceu”, afirmou Elvis. “A loja faz a promoção, a empresa abre concessões, dá descontos, investe em mídia e redes sociais, mas o público está bem contido”, completou.
Segundo Elvis, fevereiro foi um mês fraco em termos de movimentação e interesse do público. O mês de março começou mais forte, mas já esfriou novamente. “Acreditamos que o pessoal está preocupado com a situação econômica e, por isso, estão segurando as compras, evitando gastar por impulso”.
Já o gerente da loja Magalu, Marcio Rodrigo, de 45 anos, que também comercializa móveis e eletrodomésticos, afirmou que sua loja teve um bom movimento e que as vendas devem melhorar na próxima semana. “Aqui tivemos bastante procura nesta semana do consumidor. Os clientes vieram conferir os descontos e promoções. O movimento aumentou e temos uma expectativa muito alta para os próximos dias, porque muitos acabam deixando para a última hora”.
Marcio explicou que a loja tem promoções que variam de 30% a 80% de desconto, dependendo do produto. “Estamos com várias ações para a semana do consumidor. A empresa trouxe produtos específicos com alta demanda, como guarda-roupas e geladeiras".
O que dizem os clientes - A percepção da clientela sobre as promoções também não é das melhores. Alguns consumidores relatam que os preços continuam altos, enquanto outros acreditam que o e-commerce oferece melhores oportunidades.
A professora Maitê Marques, de 32 anos, é uma das clientes que não percebeu grandes vantagens nos preços. “Estou comprando roupas e achei tudo caro. Um cinto que pensei que custaria entre R$ 10 e R$ 15, só encontrei por R$ 30. Não vejo muitos descontos. Acho que o preço já era esse e dizem que deram desconto, mas, na verdade, não abaixou nada”.
O motorista Winkler Rian Santos de Souza, de 21 anos, compartilha da mesma opinião. Ele conta que encontrou poucas ofertas no centro da cidade. “Viemos comprar algumas coisas para casa. Eu dificilmente venho ao centro, mas percebi que algumas lojas estão com desconto. Nem todas, são poucas. Acho que o desconto depende da loja e do que está sendo vendido. Às vezes, é só marketing, mas varia bastante”.
Winkler acredita que o peso das contas básicas, como alimentação, combustível e despesas domésticas, tem dificultado a compra de outros produtos. Além disso, ele considera o e-commerce uma alternativa mais vantajosa. “O centro hoje está bem defasado. Algumas coisas encontramos, outras não, e os preços são muito altos. Vale mais a pena comprar na internet e esperar chegar do que vir ao centro”.
Por outro lado, a empresária Adriana Vieira, de 41 anos, acredita que alguns produtos tiveram redução de preço. Ela saiu para comprar maquiagem para sua filha de 19 anos. “Até agora, achei os produtos em conta. Na semana passada, os preços estavam mais altos, mas agora baixaram bastante. Há muitas promoções e dá para aproveitar”.
Para Adriana, os valores estão melhores do que no mês passado e já aliviam um pouco o orçamento. “Antes, os preços estavam altos por conta das festas de fim de ano. O aumento permaneceu, e a gente não conseguia comprar. Agora, nesta semana, começaram as promoções. Não está muito barato, mas já dá para levar".
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