Metalúrgica de Três Lagoas demite 180 em meio a pandemia
Fábrica é a primeira a demitir no setor , mas novos cortes estão previstos também na Capital e em outros polos industriais
A indústria metalúrgica e metal-mecânica de Mato Grosso do Sul, que tem cerca de 6 mil trabalhadores, começa a sentir os efeitos da pandemia do coronavírus e na paradeira dos negócios e inicia demissões no Estado.
Em Três Lagoas a indústria de refrigeração Metalfrio demitiu 180 trabalhadores esta semana, e foi a primeira a dispensar os colaboradores segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, de Mecânica e Materiais Elétricos de MS. O corte afetaria trabalhadores que ainda estariam em treinamento na empresa
De acordo com informações da entidade, além da Metalfrio outras quatro indústrias devem reduzir o quadro de pessoal além de diminuir salários e restringir a jornada de trabalho. Em Campo Grande a Soprano também deverá cortar pelo menos 30% do quadro de mais de 400 trabalhadores.
De acordo com o secretário do Sindicato, Beto, amanhã a direção deve ir a Três Lagoas pra verificar in loco o cenário. Os cortes estão relacionados a menor produção diante da queda nas vendas para mercado interno e exportações desses produtos. "Com a paralisação de algumas atividades como de bares e restaurantes, por exemplo o setor de refrigeração é afetado também, Uma coisa leva a outra", salientou o sindicalista.
Muitas indústrias, por sua vez, estão preferindo reduzir a jornada de trabalho e os salários. A Kepler, por exemplo, que tem 110 funcionários na Capital deu férias coletivas e agora deve reduzir salários em alguns setores, por meio de acordos trabalhistas.
