MS deixou de exportar US$ 428 mi no semestre; 2º pior resultado em 5 anos
Mato Grosso do Sul deixou de ganhar US$ 428 milhões com a exportação de produtos industrializados no primeiro semestre deste ano, segundo o Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
"Junho de 2015 registrou o segundo pior resultado para o mês dos últimos cinco anos da série histórica da exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul", afirmou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Se for analisado o primeiro semestre de 2015 em comparação ao mesmo período de 2014, a redução foi de 21,3%, caindo de US$ 1,81 bilhão para US$ 1,42 bilhão. Para ele, o índice reforça o quadro de forte desaceleração das vendas externas de Mato Grosso do Sul neste ano.
A queda na receita foi motivada pelos grupos “Extrativo Mineral”, “Complexo Frigorífico”, “Óleos vegetais”, “Couros e Peles” e “Papel e Celulose”, segundo a Fiems. Todos esses sofreram recuo. O único que apresentou aumento na receita foi o grupo "Açúcar e Etanol".
Principal queda - A maior queda no volume de vendas foi registrada no grupo “Extrativo Mineral” que, de janeiro a junho de 2015, recuou 62% em relação ao mesmo período de 2014, alcançando US$ 99,7 milhões em 2015. No ano passado, as vendas desse grupo foram de US$ 262 milhões. De acordo com o levantamento da Fiems, o resultado foi fortemente influenciado pela queda de 57% no preço médio da tonelada do minério de ferro.
Outro grupo que se destaca no recuo no volume de vendas é o de “Couros e Peles”, cuja receita de exportação foi de US$ 65,2 milhões. O número indica queda de 38,3% em 2015 sobre os primeiros seis meses de 2014, quando as vendas foram de US$ 105,6 milhões.
Único positivo - O único grupo que apresentou aumento na receita na exportação, de janeiro a junho de 2015, foi “Açúcar e Etanol”, cujas vendas alcançaram US$ 177,7 milhões, o que representa crescimento nominal de 37,3% sobre igual período do ano passado, quando as vendas foram de US$ 129,4 milhões.
A elevação verificada se deu em função do forte crescimento no volume comercializado de “Outros açúcares de cana”, aumento de 61% ou quase 200 mil toneladas a mais que igual período do ano passado, tendo como os principais compradores até o momento Rússia, Bangladesh, China, Argélia, Índia e Nigéria.