MS é rota estratégica do contrabando com prejuízo de R$ 377,5 milhões ao governo
Foram 6.731 processos abertos e 4.884 contribuintes autuados entre 2023 e 2025, conforme nova plataforma
A Receita Federal lançou um painel inédito que revela o ranking dos maiores contrabandistas do país, com base em ações fiscais realizadas entre 2023 e 2025. A nova ferramenta interativa permite que qualquer cidadão acompanhe os dados detalhados por estado, setor e tipo de produto, reforçando a transparência no combate ao crime organizado e aos prejuízos causados aos cofres públicos.
RESUMO
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Painel da Receita Federal expõe ranking de contrabandistas e prejuízos ao país. Dados de 2023 a 2025 revelam mais de 58 mil processos e R$ 2,33 bilhões em perdas. Cigarros, celulares e eletrônicos lideram apreensões nacionais. Mato Grosso do Sul figura entre os estados com maior volume de contrabando, registrando R$ 377,5 milhões em prejuízos. A localização estratégica na fronteira com Paraguai e Bolívia facilita a entrada ilegal de mercadorias. Cigarros representam o maior valor apreendido (R$ 134,8 milhões), seguidos por celulares, óculos, eletrônicos e vestuário.
Mato Grosso do Sul está entre os estados com os maiores valores movimentados em contrabando. Segundo o levantamento, foram 6.731 processos abertos e 4.884 contribuintes autuados no período, totalizando R$ 377,5 milhões em prejuízos fiscais. O estado é uma das principais rotas do contrabando no Brasil, devido à extensa faixa de fronteira com o Paraguai e a Bolívia.
Os cigarros lideram a lista dos produtos mais contrabandeados em MS, com R$ 134,8 milhões em representações. Em seguida, aparecem telefones celulares (R$ 53,2 milhões), óculos (R$ 29,5 milhões), produtos eletrônicos (R$ 21 milhões) e vestuário (R$ 15,6 milhões). Também foram registrados altos valores em itens como relógios, perfumes, pneus, agrotóxicos, medicamentos e brinquedos. Confira os dados detalhados abaixo.
Grupo de Mercadoria | Prejuízo (R$) |
Cigarros | R$ 134.843.921,72 |
Outras | R$ 62.347.722,45 |
Telefones | R$ 53.219.202,44 |
Óculos | R$ 29.539.499,60 |
Eletrônicos | R$ 21.026.562,48 |
Vestuários | R$ 15.643.714,96 |
Relógios | R$ 14.414.306,65 |
Informática | R$ 14.108.110,99 |
Pneus | R$ 9.957.634,68 |
Perfumes | R$ 7.156.204,67 |
Agrotóxicos | R$ 5.547.915,55 |
Medicamentos | R$ 2.763.781,99 |
Brinquedos | R$ 2.228.439,15 |
Isqueiros | R$ 1.456.881, 49 |
Bebidas | R$ 1.055.061,21 |
Câmeras | R$ 584.602,82 |
Videogames | R$ 577.867,73 |
Veículos | R$ 332.533,72 |
Alimentos | R$ 321.336,32 |
Calçados | R$ 151.151,64 |
Bolsas | R$ 90.570,20 |
Partes e peças de veículos | R$ 69.174,39 |
Armas | R$ 28.727,87 |
Pneus usados | R$ 17.164,10 |
Ferramentas | R$ 16.198,26 |
Caça-níqueis | R$ 14.673 |
Eletrométricos | R$ 11.558,04 |
Mídias gravadas | R$ 1.767,99 |
Sons automotivos | R$ 1.110 |
O painel mostra que, no total, mais de 58 mil processos foram registrados no Brasil e mais de 37 mil contribuintes foram autuados, com prejuízo superior a R$ 2,33 bilhões. Os cigarros aparecem como o item mais apreendido nacionalmente, seguidos por telefones celulares e produtos eletrônicos.
A Receita destaca que os dados dizem respeito apenas a casos em que há indícios suficientes de crime e que foram encaminhados ao Ministério Público. A plataforma será atualizada mensalmente e pode ser consultada por qualquer pessoa no site oficial do órgão.
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