MS mantém desemprego baixo e renda em alta no 3º trimestre de 2025
Estado segue entre os que têm mercado de trabalho mais ajustado do país
Mato Grosso do Sul segue entre os estados com melhor desempenho do país no mercado de trabalho.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul mantém posição de destaque no mercado de trabalho nacional durante o terceiro trimestre de 2025, com taxa de desocupação estável e significativamente menor que a média brasileira de 5,6%. O estado acompanha o bom desempenho da região Centro-Oeste, que registrou rendimento médio de R$ 4.046, superior à média nacional de R$ 3.507. A informalidade no estado permanece entre as menores do país, beneficiada pelo alto índice de trabalhadores com carteira assinada. Contudo, persiste a disparidade de gênero, com taxa de desocupação feminina (6,9%) superior à masculina (4,5%), seguindo tendência nacional.
No 3º trimestre de 2025, enquanto a taxa de desocupação nacional ficou em 5,6%, a menor desde 2012, o Estado manteve nível reduzido de desemprego e integrou o grupo com as menores taxas da região Centro-Oeste.
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O levantamento faz parte da PNAD Contínua divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE, que mostra que apenas duas das 27 unidades da federação registraram queda na desocupação frente ao trimestre anterior.
A maior parte ficou estável — caso de MS, que já opera há vários trimestres em patamar considerado baixo.
Centro-Oeste puxa rendimento para cima
Mesmo com estabilidade na desocupação, MS surfou o bom momento da região. O Centro-Oeste registrou alta significativa no rendimento médio, que chegou a R$ 4.046, acima da média nacional (R$ 3.507).
O avanço da renda no trimestre reflete o comportamento positivo de setores como serviços, agropecuária e administração pública, que seguem sustentando a ocupação no Estado.
Informalidade segue entre as menores do país
A informalidade — um dos indicadores mais sensíveis do mercado de trabalho — também coloca o Centro-Oeste em posição favorável.
Enquanto a taxa nacional ficou em 37,8%, regiões como Nordeste ultrapassam 50%.
MS acompanha o movimento regional de informalidade mais baixa, impulsionado pelo maior percentual de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.
Mulheres ainda enfrentam maior desocupação
No recorte de gênero, a pesquisa mostra um desafio que se repete no Estado e no Brasil: mulheres seguem com taxa de desocupação superior à dos homens. Nacionalmente, são 6,9% contra 4,5%, tendência que se replica de forma semelhante em MS, ainda que em níveis menores.
Queda no tempo de procura indica mercado mais dinâmico
Mesmo com estabilidade na taxa geral, o país registrou redução em todas as faixas de tempo de procura por trabalho — sinal de maior rapidez na recolocação. Esse movimento tende a se refletir também em MS, que tradicionalmente apresenta rotatividade menor e absorção mais rápida de mão de obra em comparação ao Nordeste e parte do Norte.
Brasil cresce pouco, mas MS se destaca
Com estados como Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) ainda enfrentando taxas elevadas, o desempenho do Centro-Oeste — e de MS em particular — reforça a resiliência da região.
No extremo oposto, Santa Catarina e Mato Grosso aparecem com as menores taxas do país, ambas 2,3%.


