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Economia

MS mantém desemprego baixo e renda em alta no 3º trimestre de 2025

Estado segue entre os que têm mercado de trabalho mais ajustado do país

Por José Cruz | 14/11/2025 11:00
MS mantém desemprego baixo e renda em alta no 3º trimestre de 2025
Taxa de desocupação das mulheres (6,9%) segue superior à dos homens (4,5%) - Foto: Ari Dias/AEN

Mato Grosso do Sul segue entre os estados com melhor desempenho do país no mercado de trabalho.

RESUMO

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Mato Grosso do Sul mantém posição de destaque no mercado de trabalho nacional durante o terceiro trimestre de 2025, com taxa de desocupação estável e significativamente menor que a média brasileira de 5,6%. O estado acompanha o bom desempenho da região Centro-Oeste, que registrou rendimento médio de R$ 4.046, superior à média nacional de R$ 3.507. A informalidade no estado permanece entre as menores do país, beneficiada pelo alto índice de trabalhadores com carteira assinada. Contudo, persiste a disparidade de gênero, com taxa de desocupação feminina (6,9%) superior à masculina (4,5%), seguindo tendência nacional.

No 3º trimestre de 2025, enquanto a taxa de desocupação nacional ficou em 5,6%, a menor desde 2012, o Estado manteve nível reduzido de desemprego e integrou o grupo com as menores taxas da região Centro-Oeste.

O levantamento faz parte da PNAD Contínua divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE, que mostra que apenas duas das 27 unidades da federação registraram queda na desocupação frente ao trimestre anterior.

A maior parte ficou estável — caso de MS, que já opera há vários trimestres em patamar considerado baixo.

Centro-Oeste puxa rendimento para cima

Mesmo com estabilidade na desocupação, MS surfou o bom momento da região. O Centro-Oeste registrou alta significativa no rendimento médio, que chegou a R$ 4.046, acima da média nacional (R$ 3.507).

O avanço da renda no trimestre reflete o comportamento positivo de setores como serviços, agropecuária e administração pública, que seguem sustentando a ocupação no Estado.

Informalidade segue entre as menores do país

A informalidade — um dos indicadores mais sensíveis do mercado de trabalho — também coloca o Centro-Oeste em posição favorável.

Enquanto a taxa nacional ficou em 37,8%, regiões como Nordeste ultrapassam 50%.
MS acompanha o movimento regional de informalidade mais baixa, impulsionado pelo maior percentual de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.

Mulheres ainda enfrentam maior desocupação

No recorte de gênero, a pesquisa mostra um desafio que se repete no Estado e no Brasil: mulheres seguem com taxa de desocupação superior à dos homens. Nacionalmente, são 6,9% contra 4,5%, tendência que se replica de forma semelhante em MS, ainda que em níveis menores.

Queda no tempo de procura indica mercado mais dinâmico

Mesmo com estabilidade na taxa geral, o país registrou redução em todas as faixas de tempo de procura por trabalho — sinal de maior rapidez na recolocação. Esse movimento tende a se refletir também em MS, que tradicionalmente apresenta rotatividade menor e absorção mais rápida de mão de obra em comparação ao Nordeste e parte do Norte.

Brasil cresce pouco, mas MS se destaca

Com estados como Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) ainda enfrentando taxas elevadas, o desempenho do Centro-Oeste — e de MS em particular — reforça a resiliência da região.
No extremo oposto, Santa Catarina e Mato Grosso aparecem com as menores taxas do país, ambas 2,3%.