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Economia

Paralisação de obras da UFN 3 completa seis meses sem perspectiva de retomada

Mariana Rodrigues | 10/06/2015 19:23
O consórcio deixou o canteiro com 82% das obras concluídas e mais de R$ 30 milhões em dívidas. (Foto: Perfil News)
O consórcio deixou o canteiro com 82% das obras concluídas e mais de R$ 30 milhões em dívidas. (Foto: Perfil News)

Hoje (10), faz seis meses que a Petrobras rescindiu contrato com o consórcio responsável pela construção da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande. Desde então, as obras que eram para terminar em dezembro do ano passado estão paradas e sem previsão de serem retomadas.

O consórcio deixou o canteiro com 82% das obras concluídas e mais de R$ 30 milhões em dívidas com fornecedores, que até hoje não foram pagas. Na época, milhares de funcionários tiveram que recorrer à Justiça para receber salários atrasados e suas rescisões. Com isso, centenas deles deixaram o município em busca de um novo emprego.

No mês passado, a Justiça de Três Lagoas determinou o bloqueio de R$ 36 milhões das empresas Galvão Engenharia S.A e Sinopec Petroleum, que constituíam o consórcio, para o pagamento de fornecedores. Como as empresas não tinham esse valor em conta, foi decidido que o montante pode ser cobrado da empresa contrante, que é a Petrobras.

Faltando apenas 12% para ser concluída, as obras da fábrica já consumiram R$ 3,2 bilhões em investimentos, mas levantamento feito a pouco tempo mostra que para terminar é necessário mais R$ 1,7 bilhão.

Porém, em abril a Petrobras incluiu o empreendimento na lista de projetos postergados "por extenso período". As notas explicativas divulgadas pela Petrobras, revelam que a UFN 3 foi excluída do teste de impairment realizado para determinar o valor recuperável dos ativos no fim de 2014.

As obras em Três Lagoas seguem paralisadas desde dezembro de 2014, após a rescisão do contrato com a Galvão Engenharia e a Sinopec Petroleum do Brasil. Além disso, há uma dívida de aproximadamente R$ 30 milhões com os prestadores e fornecedores do consórcio. O caso está tramitando na justiça.

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