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Economia

Petrobras tira fábrica de Três Lagoas da lista de prioridades e obra empaca

Priscilla Peres | 24/04/2015 16:04
Construção foi paralisada com  82% das obras concluídas. (Foto: Perfil News/Arquivo)
Construção foi paralisada com 82% das obras concluídas. (Foto: Perfil News/Arquivo)

A Petrobras não tem previsão para concluir as obra da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) em Três Lagoas - distante 338 da Capital. Nesta semana a estatal incluiu o empreendimento, parado desde novembro, na lista de projetos postergados "por extenso período".

Conforme matéria publicada pelo Estadão, as notas explicativas divulgadas pela Petrobras ontem, revelam que a UFN 3 foi excluída do teste de impairment realizado para determinar o valor recuperável dos ativos no fim de 2014. Também entraram nesta lista, a refinaria Abreu e Lima e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

As informações sobre o projeto postergado são limitadas no relatório e a decisão é explicada pelo histórico do projeto. Isso porque, em novembro a estatal rescindiu contrato com o consórcio contratado para realizar as obras, por descumprimento de contrato. Milhares de funcionários recorreram judicialmente, para conseguir seus direitos rescisórios.

Outras dezenas de empresas fornecedoras das obras, aguardam o pagamento de seus contratos até hoje, dívida estimada em R$ 30 milhões. O consórcio contratado era formado pela empresa chinesa Sinopec e a Galvão Engenharia, investigada na Operação Lava Jato.

No documento divulgado, ainda conforme reportagem do Estadão, a estatal não cita as perdas com o projeto que teve o cronograma prorrogado. A obra está com 82% concluída e avaliada em R$ 3 bilhões.

Governador - Otimista o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que "tem certeza" de que a estatal vai retomar o projeto. "Os adubos nitrogenados tem muita demanda em MS e no Centro-Oeste. Não tenho dúvida de que irão retomar as obras", comentou durante lançamento da safra de cana-de-açúcar, em Angélica.

Ele ainda explica que já participou de duas reuniões com a diretoria da estatal, que está buscando empresas para terminar a obra, e acredita que eles irão conseguir devido a visibilidade do empreendimento. "A Pretrobras está passando por um momento de turbulência, mas retomado o ritmo dos investimentos, eles vão votar a tocar a obra".

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