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Economia

Pesquisa mostra que 65,7% das famílias campo-grandenses estão endividadas

Mais de 40 mil pessoas dizem que não têm condições de quitar as dívidas

Por Kamila Alcântara | 09/04/2025 10:00
Pesquisa mostra que 65,7% das famílias campo-grandenses estão endividadas
Consumidores no Centro de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

O índice de endividamento continua a crescer em Campo Grande, segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), divulgada nesta quarta-feira (9) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Em março, 65,7% das famílias da Capital declararam estar endividadas.

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A pesquisa PEIC, divulgada pela CNC, revela que 65,7% das famílias de Campo Grande estão endividadas, com 12% sem condições de pagar suas dívidas. O cartão de crédito é a principal fonte de endividamento, seguido por carnês e crédito pessoal. Famílias com renda até 10 salários mínimos são mais endividadas e inadimplentes. A economista Regiane Oliveira destaca que o endividamento não é necessariamente negativo, desde que haja planejamento e controle orçamentário.

Do total de entrevistados, 12% afirmaram que não terão condições de pagar o que devem, o equivalente a mais de 40 mil pessoas. A pesquisa considera dívidas como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoais, prestações de veículos e seguros.

O cartão de crédito continua liderando como principal fonte de endividamento, presente em 75,4% dos lares. Em seguida aparecem os carnês (18,7%) e o crédito pessoal (11,6%). Financiamentos de carro (8,7%) e de casa (8,1%) têm menor participação no perfil de consumo dos campo-grandenses.

Na divisão por faixa de renda, 18,9% das famílias com rendimento de até 10 salários mínimos se consideram muito endividadas. Entre aquelas com renda superior, o índice cai para 10,2%. Já no atraso de pagamentos, 44,4% das famílias de menor renda estão inadimplentes, contra 25,5% das que têm maior poder aquisitivo.

Apesar dos números elevados, a economista Regiane Dedé de Oliveira, do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS, pondera que o cenário não é, necessariamente, negativo.

“O endividamento por si só não é um dado ruim, já que grande parte da população realiza compras parceladas. O importante é que essas aquisições sejam feitas com planejamento e dentro do orçamento familiar, para evitar a inadimplência”, afirma.

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