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Economia

Pesquisar, desconfiar e printar são regras de ouro na compra online

Advogado explica recomendações para quem deseja comprar pela internet e ter sucesso até a chegada do produto

Rosana Siqueira | 28/11/2019 18:06
Compras online requerem muito cuidado dos consumidores principalmente nas garantias
Compras online requerem muito cuidado dos consumidores principalmente nas garantias

Pesquise, desconfie e faça prints das páginas. Estas três dicas podem salvar você de cair numa Black Fraude nestes dias de promoção na sua comprinha pela Internet. As recomendações são do advogado Jean Rommy, do Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio Campo Grande.

O advogado lembra que o e-commerce ou comércio online deverá ser de longe o favorito para compras nesta Black Friday que tem seu ápice amanhã. No entanto as compras não presenciais exigem ainda mais cuidado por parte do consumidor.

Isso porque, segundo ele, houve crescimento dos pequenos fornecedores, pessoas que vendem pelo Instagram e Facebook. “O Payball fez pesquisa e mostrou que a grande maioria é de pequenos fornecedores. Ou seja aumentou a oferta de produtos. E a Black Friday é um fenômeno de consumo, e começou lá nos Estados Unidos quando os fornecedores baixavam preços para renovar o estoque e consumidores aproveitam para pegar descontos”, salientou.

Segundo levantamento do Google Brasil, a expectativa é que em 2019 o movimento de compras em lojas físicas alcance pela primeira vez o realizado pela internet durante a Black Friday. De acordo com o Facebook Empresas, em evento sobre as tendências para o varejo, a previsão de impacto no mercado é da ordem de R$ 3 bilhões, 18% maior que em 2018.

Preferência - Mesmo assim os clientes ainda preferem comprar pela internet. “Na compra online os consumidores tem a seu alcance algumas lojas que não tinha acesso na sua cidade. Hoje ele acessa no computador estes itens e este aumento se dá pela amplitude de acesso”, frisou o advogado.

Para o Rommy o histórico de compras online vem aumentando junto com a elevação da confiança do consumidor. “Antes o consumidor desconfiava muito este tipo de compras, tinha interesse de provar, de ver o produto. Mas, hoje a confiança vem aumentando com maior oferta de sites o que puxou o consumo nas compras online”.

Mesmo assim ele alerta para algumas práticas que garantem que seu produto chegue até sua sua casa. Ele comenta que o brasileiro como é um grande criador de trocadilhos transformou a Black Friday na Black fraude onde está presente a cobrança da metade do dobro do preço. “Então o grande orientação é para que não deixe para analisar a compra na última hora. Pesquise, mesmo que o período seja curto. A grande arma do consumidor neste caso é a pequena tecla que temos nos dispositvos móveis e computadores que é o print scream. Copiar esta tela, afinal de contas você se municia de informações que você pode demonstrar lá na frente que este produto não teve qualquer desconto, mas sim subiu pra depois ser reduzido”, salientou.

“A Black Friday é um grande nicho para os fornecedores, também é para fraudadores estelionatários e outros riscos que a pessoa pode estar exposta”, finalizou.

O advogado ainda deu algumas dicas sobre como fazer uma boa compra online. (veja abaixo).


Fique atento porque nas compras pela internet, comprador tem até 7 dias para desistir da compra de um produto por mau funcionamento ou por propaganda incompatível com a realidade.

• O consumidor pode se arrepender quando a compra não é feita no estabelecimento comercial. Ou seja, o cliente tem um prazo em que pode devolver o produto.

• Avalie a reputação do vendedor. Olhe os comentários, avaliações. Se for uma loja com muitas queixas, vale pensar duas vezes.

• Se o consumidor se sentir lesado, ele pode procurar um advogado, ou o próprio Procon. Por isso, é importante ficar de olho, guardar comprovantes.

•Não é porque uma compra foi feita pela internet que o consumidor não tem direitos. Pelo contrário, a internet também regras e o consumidor tem direitos e deveres.

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