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Economia

Reajuste de energia vai "impactar empresários negativamente" , diz entidade

Luciana Brazil | 20/08/2014 19:23

O reajuste na tarifa de energia elétrica, que em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, será de mais de 35%, surpreendeu o presidente da Associação Comercial e Industrial do município, Atílio D'agosto. As contas, que ficarão mais caras a partir do dia 27 de agosto, vão impactar negativamente no setor, segundo ele.

“A energia já é cara, e nós já enfrentamos concorrência, com certeza isso vai refletir negativamente. É claro que a enregia não é a principal despesa, mas o reajuste vai impactar de alguma maneira”, alertou o presidente da entidade.

Em um paradoxo doloroso, Atílio lembra também a presença de hidrelétricas na cidade o que poderia amenizar a taxa de energia. “Temos hidrelétricas na porta de casa e conta de luz sofre um reajuste deste”, desabafou.

Segundo ele, a infraestrutura de eletricidade na cidade é precária o que causa queda constante de energia. “Algumas indústrias tem rede própria de transformação para não depender da concessionária. A energia não é estável e para ter um funcionamento a pleno vapor essa é a saída para muitas indústrias”.

O reajuste para a tarifa de energia da Elektro, que atende cinco municípios de Mato Grosso do Sul, foi aprovado ontem (19) pela diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e já é o maior concedido neste ano.
Na média, ficou em 37,78%. Os consumidores residenciais e de pequenos estabelecimentos (baixa tensão) terão aumento de 35,97% nas contas de luz. Em Mato Grosso do Sul, a alta vale para Três Lagoas, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Anaurilândia.

“Todo custo que aumenta para o empresário, ainda mais no cenário econômico em que estamos, vai impactar”, afirmou.

A fatura ficará 40,79% mais cara para a classe de consumo, que inclui a indústria e estabelecimentos de grande porte, que consomem energia de (alta tensão).

O aumento vale a partir do próximo dia 27 de agosto para 2,4 milhões unidades consumidoras de 223 municípios do Estado de São Paulo e cinco do Mato Grosso do Sul.

Segundo a Aneel, o aumento do gasto com a compra de energia “foi o que mais pesou” na definição do índice de reajuste de 2014 da Elektro. Segundo Rufino disse ao Valor Econômico, a distribuidora trocou “grande quantidade” de energia velha (contratos antigos) pela aquisição do insumo mais caro neste ano.

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