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Economia

Recurso mostra intenção do governo de retormar obra de MS, diz secretário

Priscilla Peres e Renata Volpe | 21/12/2016 13:10
Obras foram paralisadas com 82% concluídas. (Foto: Arquivo Perfil News)
Obras foram paralisadas com 82% concluídas. (Foto: Arquivo Perfil News)

Na semana em que o Congresso Nacional aprovou o PLN 32/2016, que possibilita a Petrobras investir recursos em obras paradas, acendeu a "luz no fim do poço" para que a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, em Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande, seja concluída.

Dos R$ 460 milhões de crédito aprovado, apenas R$ 4,6 milhões serão aplicados na UFN 3. O montante é insuficiente para retomar as obras, que precisam de recursos estimados em até R$ 700 milhões. Em nota, a estatal confirmou que os recursos não garantem a retomada da obras, mas garantiu que "montantes necessários à preservação das instalações estão assegurados no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021".

Porém, para o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Jaime Verruck, essa é uma sinalização positiva do governo federal e mostra que há interesse em concluir o empreendimento. "A gente vê que é uma avaliação política positiva, da inserção da fábrica na pauta", disse hoje ao Campo Grande News.

Otimista, Jaime acredita que a obra que está parada há dois anos será terminada, mas não pelo governo Federal e sim, pelo setor privado. "O projeto é tão avançado, estratégico e rentável para o Brasil que não há sentido em deixar a obra como ela está".

Mas para ele, a retomada espera ainda em outro problema. "O gás natural é a matéria prima dessa fábrica, então para ela ser posta em operação é preciso ter a garantia de fornecimento. Por isso a importância de um contrato de 20 ou 30 anos", ressaltou ele, devido ao anúncio já feito pela Petrobras de abrir o mercado de gás importado da Bolívia.

A obra da Petrobras foi paralisada em novembro de 2014, com 82% concluída e mais de R$ 3 bilhões investidos. Até hoje, empresários do município e região amargam dívida de R$ 36 milhões deixada pelo consórcio construtor, formado pelas empresas Galvão Engenharia e a Sinopec Petroleum.

Durante os dois anos, várias hipóteses de retomada foram cogitadas, como a venda de ativos e parceria com empresas privadas de fora do país. Em setembro, a Petrobras afirmou que pretende deixar a produção de fertilizantes nos próximos anos, sinalizando uma possível venda, mas sem novidades até agora.

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