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Economia

Reinaldo diz que protesto é legítimo, mas redução de ICMS só em junho

Caroline Maldonado e Liana Feitosa | 26/02/2015 10:45
Reinaldo disse que onda de protestos gera instabilidade e desabastecimento, mas é legítima (Foto: Marcelo Calazans)
Reinaldo disse que onda de protestos gera instabilidade e desabastecimento, mas é legítima (Foto: Marcelo Calazans)

Ao participar de um evento na Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), nesta manhã, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que considera legítima a paralisação nacional promovida pelos caminhoneiros, mas somente em junho definirá a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do óleo diesel, principal reivindicação do setor.

Segundo o tucano, a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) estuda um momento em que seja possível diminuir a aliquota do diesel de 17% para 12%, sem comprometer a arrecadação e gerando aumento do consumo.

“Essa onda de protestos gera instabilidade e desabastecimento, mas é legítima. Percebemos que é preciso diminuir tributos para aumentar o consumo. Aqui em Mato Grosso do Sul, vamos fazer a nossa parte diminuindo o ICMS. Queremos destravar o setor de transporte, mas para isso, precisamos criar um ambiente favorável para baixar a alíquiota sobre o diesel, mas também aumentar o consumo”, comentou o governador.

Apesar de elencar os prejuízos da paralisação dos transportadores depois de participar de reunião em Brasília, na CNI (Confederação Nacional da Indústria), nesta quarta-feira (25), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, disse hoje (26), que as reivindicações são justas e necessárias. “Estamos acompanhando a questão do protesto. Nós do setor de indústrias não concordamos em pagar as contas do governo, por meio do aumento de impostos”, disse Longen, ao se referir ao Governo Federal.

A discussão acerca da paralisação, que se estende por seis dias, e seus impactos no setor industrial ocorreu, na Fiems, durante o lançamento do MS Florestal (4º Congresso Florestal de MS), que acontecerá entre 13 e 15 de abril, em Campo Grande. Segundo Longen, o protesto gera aumento do custo de transporte e interrupção de linhas de produção, além de perdas de produtos perecíveis.

Presidente da Fiems, Sérgio Longen, disse hoje que as reivindicações são justas e necessárias (Foto: Marcelo Calazans)
Presidente da Fiems, Sérgio Longen, disse hoje que as reivindicações são justas e necessárias (Foto: Marcelo Calazans)

Manifestação – As paralisações continuam nesta quinta-feira nos quilômetros 256 e 270, em Dourados; Km 614, em São Gabriel do Oeste e no Km 466, no anel rodoviário de Campo Grande, saída para São Paulo.

Caso a PRF (Polícia Rodoviária Federal) não consiga impedir a permanência dos caminhões nos locais de protesto, a AGU (Advocacia-Geral da União) pode solicitar a intervenção da Força Nacional e da Polícia Federal, ainda hoje.

Ontem (25), a Justiça determinou multa de R$ 10 mil por cada hora que o bloqueio de rodovias continuar. O protesto já compromete a comercialização de hortifrútis na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

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