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Economia

Rota da Celulose voltará a leilão em maio

Certame chegou a ser marcado em dezembro, mas, como não houve interessados, Estado retirou a oferta

Por Fernanda Palheta | 28/01/2025 08:39
Rota da Celulose voltará a leilão em maio
Trecho da Rota da Celulose, na BR-262, em Ribas do Rio Pardo (Foto/Divulgação)

A Rota da Celulose, sistema rodoviário composto pelos trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267 e das estaduais MS-040, MS-338 e MS- 395, voltará a leilão em maio deste ano. De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo, o trecho sul-mato-grossense faz parte do pacote de leilões agendados pelo Governo Federal, que será anunciado nesta terça-feira (28), pelo ministro dos Transportes, Renan Filho.

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A Rota da Celulose, sistema rodoviário em Mato Grosso do Sul, será leiloada novamente em maio, após um leilão fracassado em dezembro devido ao momento econômico desfavorável. O projeto, que inclui duplicação de vias e melhorias estruturais, prevê investimentos de R$ 6 bilhões. O governo estadual revisará o edital, mas manterá os planos de pedágio e obras. Além disso, a BR-163 também será leiloada, com previsão de intervenções e duplicações. O governo federal anunciará oficialmente o pacote de leilões, que visa atrair investidores para melhorar a infraestrutura rodoviária.

O leilão desse pacote de rodovias chegou a ser marcado para dia 2 de dezembro, mas, sem interessados, o governo de Estado retirou a oferta. Após ouvir investidores do mercado, o Governo do Estado se comprometeu em revisar e editar.

Desde dezembro, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reitera que o projeto terá pequenos ajustes no cronograma de obras, mas nenhuma mudança no que foi planejado para melhorias na estrutura. O projeto também não terá alteração nos aumentos dos pedágios já previstos, que variam de R$ 4,47 a R$ 91,20, cobrados em 12 pontos ao longo da via.

Para o tucano, o fracasso no certame é resultado do momento econômico. “O momento em que foi a leilão não colaborou para que houvesse uma concorrência grande”, disse em referência à alta do dólar e à saturação do mercado com outros leilões em disputa.

O contrato previa cerca de R$ 6 bilhões em investimentos para obras como a duplicação de 116 quilômetros de vias, além de outros R$ 3 bilhões em custos operacionais durante os 30 anos de concessão.

O nome dado "Rota da Celulose" faz referência às estradas próximas das grandes fábricas do insumo instaladas no Estado, como as unidades da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e da Eldorado Brasil, em Três Lagoas.

Entre as intervenções previstas, estavam quase 200 quilômetros de novas obras, incluindo duplicações, contornos e vias marginais. A gestão e fiscalização do contrato ficariam sob responsabilidade do governo estadual, que estruturou o projeto sem o envolvimento direto do governo federal na organização do leilão.

Rota da Celulose voltará a leilão em maio
Movimentação intensa de veículos em trecho da BR-163 que faz o contorno em Campo Grande (Foto: Arquivo/Juliano Almeida)

BR-163 – A reportagem da Folha de São Paulo ainda aponta que o trecho sul-mato-grossense da BR-163 também está na lista dos leilões agendados pela União. Assim como a Rota da Celulose, a repactuação da BR-163 irá a mercado em maio deste ano.

O plano de repactuação aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) prevê intervenções pontuais de duplicação em trechos estratégicos. A CCR MS Via, concessionária que administra a rodovia, pediu a repactuação do contrato, após não conseguir cumprir com o documento assinado em 2014.

A empresa será a proposta 01 a ser protocolada como interessada pela concessão na B3 (Bolsa de Valores). Se tudo der certo, o cronograma prevê início das obras em julho do ano que vem.

Com o novo modelo, estão previstos mais 200 km de duplicação e mais 198 quilômetros de terceira pista, que devem ser realizados, pelo menos, 70% em 3 anos.

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