Rota da Celulose volta a leilão com ajustes e mantém mesma previsão de pedágios
Riedel diz que "pacotão de rodovias" será ofertado na B3 sem mexer "1 quilômetro sequer"
O leilão da Rota da Celulose, já projetado pelo governo de Mato Grosso do Sul para ser relançado na B3 (Bolsa de Valores) no primeiro trimestre de 2025, terá pequenos ajustes no cronograma de obras, mas nenhuma mudança no que foi planejado para melhorias na estrutura.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O leilão da Rota da Celulose, programado para o primeiro trimestre de 2025, manterá o cronograma de obras e os aumentos de pedágio previamente estabelecidos, sem alterações significativas. O governador Eduardo Riedel destacou que o projeto visa a concessão de serviços de recuperação e manutenção de um sistema rodoviário de 870,3 km, com investimentos estimados em R$ 9 bilhões. Apesar de uma concorrência inicial fraca, a equipe do Escritório de Parcerias Estratégicas trabalhará intensamente para ajustes que possam aumentar a atratividade do leilão, sem alterar os preços aos usuários e diluindo alguns investimentos ao longo do contrato.
“Não foi diminuído ou aumentado 1 km sequer de qualquer ação”, garantiu o governador do Estado, Eduardo Riedel, durante entrevista coletiva esta manhã (20), na Fiems (Federação das Indústrias do Estado de MS). Além disso, o projeto também não terá qualquer alteração nos aumentos dos pedágios já previstos, que variam de R$ 4,47 a R$ 91,20, cobrados em 12 pontos ao longo da via.
A concorrência pública tem como objetivo a concessão dos serviços públicos de recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário composto pelos trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS- 395 e trechos das federais BR-262 e BR-267, totalizando 870,3 km de extensão pelo período de 30 anos. Estão estimados R$ 9 bilhões em capital privado e 843 km em benfeitorias.
O leilão desse pacote de rodovias chegou a ser marcado para dia 2 de dezembro, mas, sem interessados, o governo de Estado retirou a oferta, que teria resultado divulgado no dia 6. “O momento em que foi a leilão não colaborou para que houvesse uma concorrência grande”, disse.
Agora, a intenção é fazer com os profissionais do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas) trabalhe, sem folga, para as alterações. “Vou ter que cancelar Natal e Ano Novo da equipe [EPE] porque, em janeiro, a gente volta ao mercado para ir a leilão no prazo de 90 dias”.
Riedel explicou que “são ajustes muito pequenos do ponto de vista do fluxo da operação, para que tenha mais atratividade”. Garantiu que nada muda na cobrança dos valores ao usuário da via. “Sem mexer em preço de pedágio e sem mexer no projeto original, mas deslocando algumas ações”, disse.
Segundo o governador, investimentos e execuções, previstas inicialmente somente para o segundo ano de contrato, vão ser diluídas também no terceiro ano. “São mudanças de timing”.
Rota - Localizado na porção central e leste do Estado, o sistema rodoviário a ser concedido inclui os principais corredores que ligam Campo Grande ao sudeste do país, passando por nove municípios de MS. A região a ser atendida tem o maior centro industrial do Estado, incluindo Campo Grande, Sidrolândia, Nova Alvorada do Sul e Ribas do Rio Pardo, onde está localizada a indústria de celulose da Suzano.
Os investimentos são para ampliar e antecipar melhorias na malha viária. Serão 135 km em duplicações, 457 km de acostamentos, 203 km em terceiras faixas, 12 km de marginais, implantação de 36 km em contornos de municípios, 112 dispositivos em nível e 4 dispositivos em desnível, 6 travessias sobre a linha férrea, 22 passagens de fauna, 16 passarelas, 3 postos de parada e descanso aos caminhoneiro.
A cobrança de pedágio será realizada por um sistema eletrônico free flow, que permite a cobrança sem a necessidade de parada dos veículos, proporcionando mais fluidez no trânsito. Ao todo, foram definidos 12 pontos potenciais para a instalação dos pórticos de cobrança de pedágio e cobrança poderá começar um ano depois da assinatura do contrato de concessão. Os valores variam conforme o tipo de veículo e a modalidade de pagamento.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.