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Economia

Riedel discutirá Rota da Celulose na próxima terça com governo federal

Sem perder tempo, chefe do estado afirma que vai entender motivo do desinteresse no projeto

Por Natália Olliver e Fernanda Palheta | 05/12/2024 13:02
Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Muluf)
Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Muluf)

Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, afirmou que não perderá tempo e discutirá já na próxima terça-feira (10), com o ministro dos Transportes, José Renan Vasconcelos Calheiros Filho, o desinteresse de investidores no programa da Rota da Celulose na B3 (Bolsa de Valores do Brasil). O projeto iria a leilão na próxima sexta-feira (13). A fala de Riedel aconteceu na inauguração da nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, nesta quinta-feira (5).

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Devido à falta de investidores, o leilão do projeto Rota da Celulose em Mato Grosso do Sul foi adiado para março de 2025. O governador Eduardo Riedel atribui o insucesso a fatores econômicos, como a alta do dólar e a saturação do mercado, e se reunirá com o ministro dos Transportes na próxima terça-feira para rediscutir o programa e reposicioná-lo para atrair investimentos. A Rota da Celulose prevê a concessão de 870,3 km de rodovias estaduais e federais por 30 anos, incluindo melhorias como duplicações e serviços de apoio aos usuários.

Nesta manhã, o Estado já havia anunciado que o projeto deve voltar ao mercado até março de 2025 e que a prorrogação aconteceu devido à alta do dólar e à saturação do mercado. Segundo o governador, agora é hora de repensar minuciosamente o programa. O ministro dos transportes está presente na agenda que conta com a presença do presidente Lula, mas não houve contato com a imprensa.

“Como a causa de não ter aparecido investidor nesse programa tem natureza de diversas origens, situação econômica, oferta do projeto o governo de Mato Grosso do Sul e federal vão sentar na próxima terça para discutir ponto a ponto o projeto, a secretária Eliane está conversando com o mercado entendendo as motivações de não terem vindo para a gente reposicionar o que é adequado para Mato Grosso do Sul”, explicou Riedel.

Conforme Eliane Detoni, secretária especial do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), citada por Riedel, a alta do dólar foi crucial para a decisão de prorrogar o leilão.

“Foi um movimento natural do próprio mercado, em um cenário que não contribuiu devido às taxas de juros bastante elevadas, e toda conjuntura em relação aos aspectos macroeconômicos do país, assim como a grande oferta com muitos projetos em leilão toda semana, foram quase 5 mil km de rodovias concessionadas, em investimentos na ordem de R$ 130 bilhões”, destacou.

Trecho da rodovia MS-040, que faz parte da Rota da Celulose (Foto: Edemir Rodrigues/EPE)
Trecho da rodovia MS-040, que faz parte da Rota da Celulose (Foto: Edemir Rodrigues/EPE)

Rota da Celulose - O projeto prevê a concessão de trechos de cinco rodovias: MS-040, MS-338, MS-395, BR-262 e BR-267, totalizando 870,3 km de extensão pelo período de 30 anos. O nome dado "Rota da Celulose" faz referência às estradas próximas das grandes fábricas do insumo instaladas no Estado, como as unidades da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e da Eldorado Brasil, em Três Lagoas.

No projeto estão previstos trechos de duplicações, acostamentos, implantação de terceirais faixas, implantação de contornos, travessias sobre linhas férreas, passagens de fauna, passarelas, postos de parada e descanso aos caminhoneiros.

Os usuários terão 19 guinchos para socorro mecânico, 13 ambulâncias de atendimento e socorro médico, sete veículos de inspeção de tráfego, cinco caminhões-pipa para combate a incêndios, cinco caminhões adaptados para apreensão de animais e desobstrução de pistas e 13 postos de atendimentos aos usuários com estacionamento, sanitários, telefones e área de descanso.

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