ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Economia

"Se não resolver o problema, vamos fechar completamente", diz líder de movimento

Caminhões nem saíram da garagem neste primeiro dia de paralisação e manifestantes se revezam na porta da Agesa

Gabriela Couto | 14/03/2022 09:49
Caminhões nem saíram das empresas e ficaram no estacionamento. (Foto: Setlog Pantanal)
Caminhões nem saíram das empresas e ficaram no estacionamento. (Foto: Setlog Pantanal)

No primeiro dia de paralisação geral dos empresários de transporte rodoviário de cargas e de logística de Corumbá e Ladário, cidades a 428 km e 426 km de Campo Grande, o porto seco da Receita Federal na região ficou vazio. Nenhuma empresa pediu senha para entrar na Agesa (Armazéns Gerais Alfandegados) e o sindicato se organizou para revezar representantes na entrada do Porto Seco.

O protesto deve durar 48h e os representantes das empresas logísticas querem resolver a demora para liberação dos veículos de carga, em razão da operação padrão dos auditores-fiscais da Receita Federal iniciada em 27 de dezembro de 2021. Antes da mobilização dos servidores federais, a liberação de uma carreta ou caminhão no canal vermelho da Agesa demorava no máximo 2 dias, mas agora, chega a 15 dias.

A Agesa, no Porto Seco, é o principal corredor rodoviário de comércio exterior do Brasil com a Bolívia. Por dia, deveriam passar pelo local aproximadamente 200 caminhões e carretas. Segundo o presidente do Setlog Pantanal, Lourival Vieira Costa Júnior, esta manifestação é a última tentativa de resolver o problema.

Carretas de transporte que deveriam estar no Porto Seco, mas nem saíram do estacionamento. (Foto: Setlog Pantanal)
Carretas de transporte que deveriam estar no Porto Seco, mas nem saíram do estacionamento. (Foto: Setlog Pantanal)

"A gente vem tentando o diálogo com a Receita Federal e fazendo tratativas, mas já esgotaram todas as possibilidades. Se daqui a dois dias, não resolver o problema, vamos fechar completamente. Quem está pagando é a iniciativa privada."

O movimento serve para fazer pressão ao governo federal para resolver a situação da demora de trânsito no Porto Seco. "Estamos chegando no limite, não tem como pagar no final do mês a conta. E isso não é uma empresa apenas, são várias. Esta muito complicada a nossa situação. Somos contra a demora no canal vermelho."

Operação padrão -Há quase 50 dias, a a operação padrão dos auditores da Receita Federal provoca filas nas unidades alfandegárias de Mato Grosso do Sul. O estacionamento da Agese segue com 105 veículos no pátio, sendo 61 em posse do órgão federal.

A categoria protesta contra corte de 52% no orçamento da Receita para 2022 e ainda pela não regulamentação do pagamento do bônus de eficiência da categoria, acordada em 2016, pela falta de concurso público para o cargo desde 2014.

Nos siga no Google Notícias