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Economia

STJ reabre inquérito sobre hackeamento na venda de fábrica de celulose em MS

A J&F alega que grupo indonésio teve acesso a informações privilegiadas

Por Aline dos Santos | 09/01/2024 09:34
Fábrica de celulose em disputa fica localizada no município de Três Lagoas. (Foto: Divulgação)
Fábrica de celulose em disputa fica localizada no município de Três Lagoas. (Foto: Divulgação)

A disputa bilionária pela Eldorado Celulose, fábrica instalada em Três Lagoas, teve um novo capítulo. A ministra Daniella Teixeira, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), anulou o arquivamento do inquérito sobre o hackeamento de e-mails de executivos da J&F. Ainda de acordo com o Portal Metrópoles, a decisão transferiu o caso da Polícia Civil de São Paulo para a PF (Polícia Federal) de Brasília.

Com processos em várias instâncias da Justiça, a briga pela indústria é travada há seis anos pela J&F Investimentos e grupo indonésio Paper Excellence. A anulação do arquivamento era um ponto defendido pela J&F, sob alegação de que o grupo oponente teve acesso a informações privilegiadas por meio dos e-mails hackeados.

A venda de parte da Eldorado para a Paper Excellence foi selada em setembro de 2017, envolvendo 49,41% da ações, com divulgação de valor de R$ 15 bilhões. A disputa judicial começou já no ano seguinte, com desentendimentos entre as sócias.

Em dezembro do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o pedido da J&F para anular a venda da fábrica em Três Lagoas. Já em 2024, o grupo brasileiro somou um trunfo na disputa.

Parecer do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) aponta que a companhia estrangeira não pode ser proprietária de áreas no Brasil antes de obter autorização da União e aprovação do Congresso Nacional. Mas essa regra não foi respeitada previamente na transação comercial.

Já a Paper Excellence garante que o contrato de compra da Eldorado atende às preocupações do Incra, do MPF (Ministério Público Federal), bem como da própria Justiça.

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