Tarifa média do gás é discutida em audiência após estudo pioneiro
Pela primeira vez a Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) realizou um estudo minucioso sobre os itens financeiros que influenciam a tarifa média do gás natural canalizado em Mato Grosso do Sul. O levantamento, que durou, aproximadamente, três meses, passará a ser feito anualmente, de acordo com portaria publicada em 2013, como explicou o diretor de Regulação Econômica da Agepan, Valter Almeida da Silva. Hoje (28) pela manhã, durante audiência pública realizada na Agência, foi proposto o novo valor para a tarifa média do gás canalizado. O preço inicial estabelecido foi de R$ 1,0351 por metro cúbico. O valor ficará durante 30 dias para consulta pública e em seguida será regulamentado pela Agepan.
Na prática, a tarifa média influenciará somente quando houver reajuste no preço do gás, que é quando o consumidor sente no bolso. “O reajuste do gás é diferente do tarifa média. Essa tarifa é um indicador econômico usado para balizar o valor limite do serviço”, disse Valter.
A tarifa já era apresentada anualmente, desde 2001, quando a distribuidora de gás natural canalizado do Estado, a MS Gás, começou efetivamente a funcionar. No entanto, a diferença é que agora os itens financeiros que influenciam serão analisados com mais precisão. Mais de 30 pessoas, entre representantes da concessionária MS Gás e do Ministério Público, participaram da audiência.
Segundo Valter, a tarifa média anterior era de R$ 1,235 por metro cúbico. A queda no valor, segundo ele, apresentada hoje, significa queda no dólar, entre outros itens financeiros que estão atrelados ao gás.
Gás- São cinco segmentos que utilizam o gás canalizado - indústrias, termoelétricas, residencias (condomínios), comercial e GNV (Gás Natural veicular). A Distribuidora MS Gás tem a concessão para atender todo o Estado. Atualmente, apenas Campo Grande e Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital, recebem o gás. Em Corumbá, a 419 quilômetros da Capital, já existem os ramais, mas o fornecimento ainda não está sendo feito. “Existe plano de expansão para Dourados e Rio Verde, mas economicamente ainda não é viável. È preciso ter um 'pool' de empresas”, afirmou Valter.
Campo Grande e Três Lagoas somam juntas 70 quilômetros de ramais.