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Economia

Taxa básica de juros sobe para 15%, maior patamar desde 2006

Sétima alta seguida da Selic foi anunciada nesta quarta-feira (18)

Por Gustavo Bonotto | 18/06/2025 19:20
Taxa básica de juros sobe para 15%, maior patamar desde 2006
Homem repassa notas de R$ 100, R$ 50, R$ 20 e R$ 10 para outra pessoa. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou, no início da noite desta quarta-feira (18), a taxa de juros básicos da economia de 14,75% para 15% ao ano. A decisão, unânime, ocorreu em Brasília (DF) e foi motivada pelas incertezas econômicas e pela inflação acima da meta. O aumento de 0,25 ponto percentual surpreendeu parte do mercado, que esperava a manutenção e até a redução dos juros.

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Copom eleva taxa Selic para 15% ao ano, maior patamar desde 2006. A decisão unânime foi motivada pelas incertezas econômicas e pela inflação persistente, que acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta. O Banco Central sinaliza manutenção dos juros elevados por período prolongado.Aumento de 0,25 ponto percentual surpreendeu parte do mercado. Objetivo é assegurar a convergência da inflação para a meta de 3%. Juros altos impactam a economia, reduzindo consumo e produção, mas controlando a inflação. BC reduziu previsão de crescimento do PIB para 1,9% em 2025 e projeta inflação de 4,9% este ano e 3,6% em 2026.

Esta é a sétima alta consecutiva desde setembro de 2024, colocando a Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) no maior patamar desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano.

Em nota à imprensa, o Banco Central informou que deve manter a taxa no nível atual nas próximas reuniões, mas não descartou novos aumentos se os preços continuarem subindo.

O comunicado divulgado após a reunião destacou que a decisão visa assegurar a convergência da inflação para a meta de 3%, dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Atualmente, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do limite superior da meta, que é de 4,5%.

Apesar da inflação ter desacelerado em maio, com alta de 0,26%, o Copom avaliou que o cenário ainda exige cautela. Segundo o Banco Central, o atual nível dos juros precisará ser mantido por um período prolongado para garantir que a inflação retorne ao centro da meta.

O que muda - O impacto da alta dos juros reflete diretamente na economia. Com crédito mais caro, há redução do consumo e da produção, o que contribui para controlar a inflação. Por outro lado, juros elevados dificultam o crescimento econômico. O Banco Central reduziu a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 1,9% em 2025, enquanto o mercado projeta expansão de 2,2%, segundo o boletim Focus.

O BC também atualizou as projeções para a inflação. A expectativa é que o IPCA fique em 4,9% em 2025 e 3,6% no fim de 2026. As estimativas indicam que o controle dos preços só deve ocorrer gradualmente, ao longo dos próximos 18 meses.

O Copom ressaltou que acompanha com atenção os riscos externos, como a política monetária dos Estados Unidos e os efeitos de tensões geopolíticas, além do cenário fiscal brasileiro, que também influencia a condução da política de juros.

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