Maioria concorda em autorizar empresa a exigir que funcionário se vacine
STF suspendeu, parcialmente, decisão que proibia esse tipo de prática; nova votação ocorre na próxima semana
Por 65% votos favoráveis, contra 35%, a maioria dos leitores do Campo Grande News concorda em autorizar empresas a demitirem funcionários, por justa causa, quando esses estão sem a vacina da covid-19.
Portaria editada pelo titular do Ministério do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, proibia desligamento de trabalhadores que recusam o imunizante. No entanto, a partir da próxima semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar as ações que questionam a a decisão.
Além disso, ao jornal digital Poder360, o procurador-geral do MPT (Ministério Público do Trabalho), José de Lima Ramos Pereira, disse que esse documento não tinha condições jurídicas, já que o direito à saúde coletiva - isto é, o bem estar de todos, incluindo os que tomaram a vacina - deve se sobrepor ao direito individual de escolha.
Atualmente, a portaria já foi suspendida pelo ministro Barroso, após ações dos partidos PSB, Rede, PT e Novo.
O leitor Fred Gomes é a favor e vai além: "tem que mandar embora mesmo e dar espaço para quem pensa no próximo e se vacinou", comenta. Junto a ele, Rafael Freitas também concorda e ressalta que "é dever do empregador garantir a segurança do ambiente de trabalho aos empregados".
Se alguém está colocando essa segurança em risco, é completamente legal e compreensível a demissão por justa causa", escreve o leitor Rafael Freitas.
Ainda assim, há quem se posicione de forma contrária, tal qual a leitora Marly Lima Fernandes. "Se os vacinados têm o medo de serem contaminados pelos não vacinados e morrerem porque tomaram a vacina então? Se continuam vulneráveis ao vírus. Palhaçada isso de criar grupos de vacinados e não vacinados, sem respeitar o direito de escolha das pessoas".
Entretanto, vale lembrar que as vacinas reduzem a chance de desenvolvimento da covid-19, mas nenhuma possui 100% de eficácia. Por isso, torna-se essencial a cobertura vacinal completa, assim como foi durante as campanhas de influenza, por exemplo, até que a pandemia esteja totalmente arrefecida.