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Esportes

Definido no desempate, TJD mantém Estevão como presidente da Federação

O julgamento do pleno aconteceu na noite desta terça-feira (11) na Câmara Municipal de Campo Grande

Por Gabriel de Matos | 11/06/2024 20:19
Nelson Antonio (presidente do Operário) cumprimentando Estevão Petrallás após o resultado (Foto: Juliano Almeida)
Nelson Antonio (presidente do Operário) cumprimentando Estevão Petrallás após o resultado (Foto: Juliano Almeida)

Como uma partida de futebol definida com um pênalti aos 45 minutos do 2º tempo, o TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul) foi contrário a medida inominada contra Estevão Petrallás. O placar ficou em 4 a 3, com o empate arrastado até o último voto. Assim, o atual presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) seguirá no cargo.

O julgamento foi o primeiro da pauta nesta noite na Câmara Municipal de Campo Grande. A sessão foi aberta às 18h. O primeiro a falar foi o advogado do Comercial, Reinaldo Leão. Ele conceituou a denúncia contra Estevão.

Reinaldo explicou que Estevão não poderia ter sido indicado devido a irregularidades durante sua gestão na Liga de Futebol Profissional de Mato Grosso do Sul. Estas incluem a falta de prestação de contas de um convênio com a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul).

Rafael Meirelles defendendo Estevão Petrallás no julgamento (Foto: Juliano Almeida)
Rafael Meirelles defendendo Estevão Petrallás no julgamento (Foto: Juliano Almeida)

Depois, a defesa comandada por Rafael Meirelles, advogado de Estevão, teve a palavra. O pedido foi de arquivamento do processo e a manutenção de Estevão como presidente da FFMS. Os argumentos citados pela defesa afirmam que o processo é exclusivamente contra a Liga de Futebol Profissional de Mato Grosso do Sul.

A partir daí, começou os votos dos auditores do TJD. O relator foi Thiago Moraes Marsiglia. Ele foi contra a medida da Procuradoria-Geral. "Há garantia da irretroatividade que remontam a fatos de 2016 e 2019. Não pode uma pessoa física ser conveniente. E em nenhum momento ele é tido como condenado. A ação foi movida apenas contra pessoa jurídica".

Na sequência, Marcelo Carriel Honório seguiu o relator alegando que não poderia ser favorável à medida. "A procuradoria faz uma acusação grave. Não tem como ver acolhida a medida. Estaremos punido por vias oblíquas. Não nos compete validar o ato da CBF. A própria Fundesporte apoiou o denunciado".

Tudo caminhava bem para Estevão quando o jogo virou. A auditora Celina de Mello e Dantas Guimarães foi contrária ao relator. "A notícia é requentada. Ora tem informação, mas só vou utilizar se for me beneficiar. No meu entendimento, ele está impedido. Por que o clube não pode? Não é uma decisão pessoal".

Celina de Mello e Dantas Guimarães foi contrária ao relator no julgamento (Foto: Juliano Almeida)
Celina de Mello e Dantas Guimarães foi contrária ao relator no julgamento (Foto: Juliano Almeida)

O auditor Munir Yusef Jabbar acompanhou Celina. "Não se trata de lei penal, se trata de lei administrativa. Tanto se for benéfica ou maléfica, retroage. E talvez a CBF não não tivesse conhecimento desse processo". Valessa Silvério Batista acompanhou ambos. Até a aí, 3 a 2 contra Estevão.

Leornadro Ros Ortiz empatou novamente a disputa. Ele justificou o voto com base no fato de que houve uma prestação de contas, mesmo que fora do prazo. 3 a 3. Restou ao presidente do TJD, Patrick Hernands desempatar.

O voto foi o mais longo da noite. Ele começou citando a importância do julgamento e que o TJD-MS se tornará referência para casos semelhantes. Depois, justificou. "Temos diversos princípios como a interferência mínima no resultado de uma partida, de uma assembleia. Temos a CBF nomeando, os clubes e por maioria absoluta mantendo. A inadimplência não é fato nos autos. Houve uma prestação sem os devidos cuidados, mas houve".

Assim, ficou definido que os pedidos da Procuradoria foram negados e Estevão seguirá como presidente da Federação de Futebol. A partir de agora, são três dias corridos para possível recurso no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

Patrick Hernands teve o voto de desempate na sessão (Foto: Juliano Almeida)
Patrick Hernands teve o voto de desempate na sessão (Foto: Juliano Almeida)

Aliviado, Estevão deu entrevista após a sessão. "Tomara que agora as coisas realmente caiam nos juízo de quem está na gestão dos clubes. Não tem revanchismo. Fico muito feliz de ver o amadurecimento do nosso TJD. A gente fica tenso, mas eu acredito que amanhã é trabalhar bastante".

Ele disse que uma das próximas medidas como presidente é pedir a administração do Estádio Jacques da Luz, nas Moreninhas. "Eu ainda não falei com a Funesp. Hoje tivemos a notícia do Governo do Estado gerir o Estádio Pedro Pedrossian. Vamos também verificar a dificuldade de cada clube".

Estevão finalizou: "Mesmo com ataques constantes, eu tenho feito o trabalho de seguir com o futebol. Nem por isso, eu terei revanchismo. Vou trabalhar para todos. Sou presidente de todos".

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