Ednaldo Rodrigues é afastado da presidência da CBF pela 2ª vez
Há menos de dois meses, o atual mandatário foi reeleito para um mandato até 2030 pelas federações e clubes
O TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) afastou pela segunda vez o Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nesta quinta-feira (15). A decisão foi do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro. O escolhido pela Justiça para ocupar a presidência como interventor é Fernando Sarney (um dos vice-presidentes).
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol pela segunda vez, após denúncias de falsificação de assinatura em um acordo que validava sua eleição. Fernando Sarney, atual vice-presidente, assume como interventor. A decisão ocorre em meio a investigações sobre a autenticidade da assinatura do ex-presidente Coronel Nunes, que não compareceu ao depoimento devido a problemas de saúde. Ednaldo, que estava no Paraguai participando de um congresso da FIFA, havia anunciado recentemente Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira.
Apesar de ser vice-presidente, Fernando Sarney não é mais aliado de Ednaldo, mas tem mandato como vice-presidente até março de 2026. Ele não integrou a chapa de reeleição de Ednaldo no dia 24 de março. No momento, Ednaldo está no Paraguai, onde participa do 75º Congresso Ordinário da Fifa.
De acordo com o Uol, na semana passada, surgiram denúncias de que a assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, em um acordo que validava a eleição de Ednaldo Rodrigues, teria sido falsificada. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney, atual vice-presidente da CBF, alegaram que Nunes, devido a problemas de saúde que comprometem sua capacidade cognitiva, não teria condições de assinar o documento.

Um laudo pericial indicou que a assinatura não é autêntica. Esse acordo foi fundamental para encerrar uma ação judicial e permitir a eleição que manteve Ednaldo na presidência da CBF em março. Diante dessas alegações, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), inicialmente negou o afastamento imediato de Ednaldo, mas determinou o envio do caso ao Rio de Janeiro para apuração urgente dos fatos. O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro (do TJRJ) solicitou o depoimento do Coronel Nunes, mas, devido a problemas de saúde, ele não compareceu.
Esta é a segunda vez que Ednaldo é destituído do cargo pelo TJMS. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, mas ele retornou ao comando da entidade por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que considerou o risco de o Brasil ser excluído de competições internacionais devido à intervenção judicial na CBF.
Anúncio de Ancelotti - No começo da semana, na segunda-feira (12), Ednaldo se antecipou e anunciou o novo técnico da Seleção Brasileira de futebol masculino. O vínculo vai até o final da Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. No vídeo de divulgação, Ednaldo fez um discurso.
“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro,” afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
Reeleição com apoio de todos - Todas as federações e os clubes da Série A e Série B do futebol masculino com direito a voto apoiaram a reeleição de Ednaldo Rodrigues. Ele teve a chapa única e tem o mandato até 2030.
Ele também recebeu apoio da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) comandada por Estevão Petrallás. "Este é um momento histórico para o futebol brasileiro. O apoio à reeleição de Ednaldo não é apenas um voto, é uma afirmação da continuidade de um trabalho que tem sido fundamental para o fortalecimento do nosso esporte", afirmou Petrallás na época.
Com Ednaldo foram eleitos também oito vice-presidentes: Ricardo Nonato Macedo de Lima, Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, Gustavo Oliveira Vieira, Gustavo Dias Henrique, Ednailson Leite Rozenha, Antônio Roberto Góes da Silva, Leomar de Melo Quintanilha e Rubens Renato Angelotti.
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