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Esportes

Ex-presidente do Operário nega favorecimento da federação expostos em grampos

Estevão Petrallás considerou legitimas as ações da FFMS contra a logística imposta pela CBF durante competição

Por Jhefferson Gamarra e Caroline Maldonado | 07/06/2024 14:21
Delegação do Operário durante embarque para competição no aeroporto de Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Delegação do Operário durante embarque para competição no aeroporto de Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Durante debate na Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira (7), o ex-presidente do Operário Futebol Clube, Estevão Petrallás, que atualmente ocupa o cargo de presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), refutou categoricamente as acusações de favorecimento ao clube, surgidas de interceptações telefônicas divulgadas na Operação Cartão Vermelho. Petrallás afirmou que as ações de Francisco Cezário visavam defender os interesses de todos os times do estado, e não privilegiar o Operário.

As acusações ganharam destaque após a divulgação de grampos realizados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), nos quais Aparecido Alves Pereira, o "Cido", sobrinho de Francisco Cezário, acusava seu tio de utilizar sua influência para beneficiar exclusivamente o time de Campo Grande. Cido, em conversas com João Félix Marinho, ex-presidente do SERC, falecido em 2023, expressou frustração com Cezário por supostamente favorecer o Operário, especialmente em questões logísticas durante a Copa Verde.

Petrallás durante encontro na Câmara Muncipal de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Petrallás durante encontro na Câmara Muncipal de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Em sua defesa, Petrallás destacou a importância histórica do Operário e a necessidade de um tratamento adequado para seus jogos. “O Operário se preocupa com uma administração diferente dos demais, não porque é melhor, é porque é o mais velho. Tem 86 anos de história. E naquela viagem que cita que o Operário foi beneficiado, graças a Deus o presidente da Federação lutou por melhoras por um filiado, que naquele momento o Mato Grosso do Sul era o Operário”, afirmou.

A controvérsia sobre a logística envolveu um jogo do Operário contra o Tocantinópolis. Petrallás explicou que a programação inicial previa que o time viajasse para Palmas, mas a localização do Tocantinópolis era mais próxima do Pará. “Nós tínhamos uma programação na época, estava programado que o Operário jogasse com o Tocantinópolis, que nós imaginamos que o Tocantinópolis fica bem próximo de Palmas, ao contrário, fica bem próximo do Pará. E o voo que a CBF havia designado naquela oportunidade, estava indo para Marabá, no Pará. O que a gente interviu através do presidente Nelson foi justamente buscar na CBF a condição de que nós pudéssemos ir para a Imperatriz, por exemplo, que poderia ficar um pouquinho mais perto”, detalhou Petrallás.

As interceptações telefônicas revelaram também a insatisfação de outros clubes, como Aquidauanense, Costa Rica e Águia Negra, com o suposto favorecimento ao Operário. Cido mencionou que esses clubes nunca receberam o mesmo nível de atenção e suporte logístico. “A Copa Verde já jogou o Aquidauanense, já jogou o Águia Negra, já jogou um monte de time, o Costa Rica, ele nunca ligou perguntando: ‘Do que que vocês vão, como é que vocês vão?’ O Operário, cara do céu, mudou toda a logística da Dallas Turismo, toda, toda!”, disse Cido em uma das interceptações.

Por fim, o ex-gestor do Operário enfatizou que a intervenção do presidente da FFMS foi uma ação legítima para garantir melhores condições de viagem para o representante do estado. “Simplesmente um presidente de federação lutando por condições melhores para o representante do Estado. Não entendo porque os clubes reclamam dessa forma, e aí não é de forma generalizada, é dois ou três”, comentou.

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