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Esportes

Prefeitura demite investigado por esquema de "drible" em verba do futebol

Ato de pessoal foi publicado em edição extra do Diário Oficial nesta terça-feira (22)

Por Gustavo Bonotto | 22/05/2024 20:14
Agente do Gaeco cumpre mandado na casa do presidente da FFMS, Francisco Cezario de Oliveira, na manhã de terça-feira (22). (Foto: Henrique Kawaminami)
Agente do Gaeco cumpre mandado na casa do presidente da FFMS, Francisco Cezario de Oliveira, na manhã de terça-feira (22). (Foto: Henrique Kawaminami)

A Prefeitura de Campo Grande demitiu, no fim da tarde desta quarta-feira (22), o gestor de processos Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira. Ele é um dos seis presos durante a operação "Cartão Vermelho", cuja investigação conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revelou um esquema de desvio de verbas da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.

Conforme o ato de pessoa publicado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), Mitsuo ocupava cargo em comissão na Secretaria Municipal de Gestão desde janeiro de 2023.

De acordo com a investigação, o ex-servidor recebeu R$ 523,8 mil mesmo sem vínculo com a instituição esportiva. No entanto, é filho de Umberto Alves Pereira, conhecido como Betão, que "abocanhou" R$ 2,8 milhões diretamente da federação.

O modus operandi do grupo chefiado pelo presidente da FFMS, Francisco Cezário, incluía movimentações bancárias complexas e a utilização de diferentes contas para disfarçar os desvios. Foram contabilizadas 1,2 mil retiradas fracionadas que totalizaram R$ 3 milhões. Conversas interceptadas pelo Gaeco revelaram que os acusados discutiam estratégias para esconder as operações financeiras ilegais.

O dirigente comanda a federação de forma ininterrupta desde 1998 e utilizava sua influência para sustentar o esquema de desvio de verbas, que deveria ser direcionada para o desenvolvimento do futebol no Mato Grosso do Sul, que atualmente ocupa a 3ª pior colocação do Brasil. Com mandato até 2027, Cezário manipulava os recursos e fomentos provenientes do Governo do Estado, via Fundesporte, e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Na tarde de ontem (21), 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. As prisões decretadas incluem Cézario, Beto, Mitsuo, Aparecido Alves Pereira, Valdir Alves Pereira, Francisco Carlos Pereira e Rudson Bogarim Barbosa. De acordo com o Gaeco, a organização criminosa dedicada ao peculato, lavagem de dinheiro, falsidade e outros delitos correlatos.

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