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Esportes

Presidente do Comercial lamenta crise no clube: "Não tem um centavo"

Estreia da equipe no Estadual de 2023 está marcada para o dia 29 de janeiro no clássico contra o Operário

Gabriel de Matos | 13/01/2023 16:23
Time do Comercial que disputou a Copinha de 2023 (Foto: Instagram/EC Comercial)
Time do Comercial que disputou a Copinha de 2023 (Foto: Instagram/EC Comercial)

A situação do Esporte Clube Comercial, de Campo Grande, é lamentável. É o que define o atual presidente do clube, Cláudio Barbosa. A duas semanas da estreia no Campeonato Sul-mato-grossense de 2023, não tem time, treinador, diretor e dinheiro para a competição.

Enquanto outros clubes que vão disputar o Estadual apresentam treinadores, jogadores, diretores e enchem a torcida de esperanças, o Comercial vive outra realidade. O presidente não iludiu os torcedores do Colorado.

Nove vezes campeão Estadual, "a expectativa mais certa é rebaixar. Sem condições de jogar, sem planejamento, sem atletas, fica complicado", disse Barbosa. Vale destacar que o último título foi o Estadual de 2015. Em 2022, a equipe ficou na quarta posição do grupo A do Sul-mato-grossense e não foi ao hexagonal final.

Até o momento, Cláudio confirmou que o Comercial tem quatro atletas para o Estadual. Todos estavam no time eliminado na primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha, de 2023. São eles: o goleiro Pedro Cliverato, os zagueiros Virlan e Leandro e o lateral-esquerdo Felipe Mor.

Torcida do Comercial no Morenão em clássico contra o Operário em 2020 (Foto: Henrique Kawaminami)
Torcida do Comercial no Morenão em clássico contra o Operário em 2020 (Foto: Henrique Kawaminami)

Barbosa completou: "ainda não tem nome para treinador, estamos sem atleta e não temos patrocínio. Não tem um centavo o Comercial". A única certeza para a torcida é que o clube jogará no Estádio Jacques da Luz, nas Moreninhas, em Campo Grande. "Com a reforma a passo de tartaruga do Morenão, está difícil jogar lá".

O presidente ressaltou que o clube não conta com apoio da Prefeitura de Campo Grande e do governo do Estado. Atualmente, não tem funcionários, segundo o presidente. Além disso, a dívida estimada é de R$ 3 milhões. "O clube tem muita dívida de processo trabalhista e INSS. Estamos pedindo patrocínio".

Ele destacou que a participação neste ano é para que o clube não seja punido, ficando dois anos fora do Estadual, conforme prevê a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul). "Vamos participar por participar. Futebol é jogado e vai que Deus abençoa e dá certo".

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