Torcedores vão às compras e se preparam para Palmeiras x Botafogo

O jogo entre Palmeiras e Botafogo pelo Mundial de Clubes gerou grande expectativa em Campo Grande, especialmente entre os torcedores do Palmeiras, que se preparam para assistir à partida em casa com familiares e amigos. A movimentação no comércio da cidade também aumentou, com destaque para as bancas de roupas esportivas, que aproveitaram a paixão pelo futebol para impulsionar as vendas.

Douglas Duarte, advogado de 35 anos, é um exemplo de torcedor empolgado com a competição. Ao lado de sua esposa, Yasmin Duarte, de 27 anos, e seus dois filhos, Heitor, de 7 anos, e Apolo, de 3 anos, ele foi até uma loja comprar camisetas do Palmeiras, uma delas para sua sogra. Eles se mudaram recentemente para o bairro Monte Castelo, e, como a família de Yasmin é de Portugal e a de Douglas é de Caarapó, o futebol tem se tornado um ponto de união.

"A expectativa para hoje é 2 a0 para o Palmeiras. Já cumprimos a meta sul-americana, então, numa Copa do Mundo, uma vitória seria excelente", afirmou Douglas, que é palmeirense fanático.

Yasmin, que antes era corintiana, revelou que mudou sua preferência para o Palmeiras após se casar com Douglas e formar a família. "Quando meu filho mais velho nasceu, não dava para ser a única corintiana da casa. Eles fazem uma lavagem na gente", brincou Yasmin, que agora é uma entusiasta do Palmeiras, mesmo sem entender muito de futebol.

Já no comércio, a venda de produtos do futebol disparou com a proximidade dos jogos dos times brasileiros no Mundial. Nicolas Dias Soares, de 15 anos, filho do dono de uma banca de roupas esportivas, contou que as vendas aumentaram consideravelmente durante o Mundial.

"Desde o início dos jogos dos times brasileiros, a procura subiu muito. Hoje, por exemplo, só saem camisetas do Palmeiras e Botafogo. Vendi cinco camisas de primeira linha, cada uma por cerca de 90 reais, além de várias bandeiras", disse Nicolas, explicando que o aumento nas vendas tem ajudado a amenizar a queda de movimento nos últimos anos.

Ismail Hassan, de 29 anos, proprietário de uma banca de roupas de time, também notou o aumento nas vendas, especialmente das camisas de Flamengo e Palmeiras. "Aumento de 20% a 30% nas vendas, principalmente de Flamengo e Palmeiras. Este mês, com o Dia dos Namorados, foi bom, mas a Copa do Mundo sempre traz um bom movimento", explicou Ismail, que afirmou que a venda de camisas personalizadas também tem atraído clientes. "Hoje já vendi quatro camisetas do Flamengo, e muitos procuraram camisetas do Palmeiras, mas não conseguiam o tamanho", completou.

A previsão é de que, com o jogo e a expectativa crescente para as finais, as vendas continuem aquecendo até o fim da competição. "Espero que hoje a gente bata os R$ 2 mil de vendas, com uma média de 70 reais por camiseta", disse Ismail, que aposta no sucesso do Mundial para o comércio local.

A família Leivas vive uma verdadeira divisão de paixões quando se trata de futebol. Estevão Leivas, eletricista de 47 anos, compartilha o amor pelo Corinthians com sua filha mais velha, de 26 anos, flamenguista. Sua esposa, Etiene Ovelar, de 50 anos, é palmeirense, e a filha mais nova, Sophie Duarte, de 8 anos, segue o Flamengo, assim como sua irmã mais velha.

"Quando tem jogo do Palmeiras, todo mundo me ajuda a torcer. Quando é do Corinthians, a gente torce junto com ele, e quando é do Flamengo, ajudamos as meninas", conta Estevão, rindo da rivalidade saudável que toma conta da casa. Eles vão assistir ao jogo de hoje em casa, no bairro Santo Emília, e, como é de se esperar, a rivalidade entre os times gera algumas discussões. "A criança disse que, quando é um time contra o outro, 'a gente briga'. Vira uma bagunça", revela Estevão.

Apesar da rivalidade na hora do jogo, ele garante que isso não interfere na convivência familiar. "Só na hora do jogo, a rivalidade, mas fora disso, está tudo tranquilo. Eu nem gosto de assistir fora de casa porque xingo os jogadores e faço uma bagunça", brinca. Para o jogo de hoje, Estevão está confiante. "Acho que vai ser 2 a 0. Está difícil, vamos enfrentar um time que está jogando com tudo, mas sou confiante", afirma o eletricista, que, apesar da rivalidade, se anima com a energia da família ao redor da televisão.

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