Dose de reforço contra a meningite terá proteção mais ampla para bebês
Será inserida no calendário vacinal a ACWY para bebês a partir de 12 meses
Há uma novidade no calendário vacinal de bebês e crianças no Brasil. A partir de 1º de julho, a próxima terça-feira, o SUS (Sistema Único de Saúde) passará a oferecer uma dose de reforço diferente contra a meningite.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A partir de 1º de julho, o Sistema Único de Saúde (SUS) implementará mudança no calendário vacinal infantil, oferecendo a vacina meningocócica ACWY como dose de reforço aos 12 meses de idade. A nova estratégia amplia a proteção contra quatro sorotipos da doença. O Brasil registrou 361 casos de meningite causada por meningococos em 2023, com 61 óbitos. A alteração no esquema vacinal visa maior proteção contra o sorogrupo W, que apresentou aumento significativo de casos, especialmente na região Sul do país.
Poderão tomar as crianças com 12 meses de idade que já foram imunizadas com doses da meningococo C duas vezes: aos 3 meses e 6 meses de idade. A terceira dose de reforço é que vai mudar.
O reforço passará a ser a meningocócica ACWY. Ela vai proteger contra outros três sorotipos das bactérias que causam a doença: A, W e Y.
O novo imunizante vai prevenir casos de meningite bacteriana e infecção generalizada no sangue, a meningococcemia.
O SUS já oferece o imunizante ACWY nas unidades básicas de saúde, mas atualmente a vacina é aplicada somente dos 11 anos aos 14 anos.
As crianças que já receberam três doses da meningo C não precisam receber a dose de reforço com a ACWY no momento. Mas, aquelas que não foram vacinadas aos 12 meses podem completar o esquema com a nova vacina antes de completar 5 anos.
Casos - Somente este ano, o Brasil já registrou 361 casos de meningite causada por meningococos, com 61 mortes, segundo dados obtidos pela Agência Brasil.
"No Brasil, o sorogrupo que mais preocupa, além do C, é o W. A gente observou aumentos de incidência importantes, principalmente nos estados do Sul do país, recentemente. Então, essa mudança representa uma ampliação da proteção contra sorogrupos que são um risco, principalmente para as crianças", explica a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Flávia Bravo.
O Ministério da Saúde publicou nota técnica sobre a mudança na estratégia de imunização onde reforça "a efetividade e o impacto desses imunobiológicos no Brasil, com redução na incidência da doença meningocócica, em pessoas vacinadas e não vacinadas." Ressalta, no entanto que "a ocorrência das meningites bacterianas ainda é um fator de preocupação, especialmente as causadas pela Neisseria meningidis (meningococo) e pelo Streptococcus pneumoniae (pneumococo)".
O SUS também oferece vacinas contra outros dois agentes infecciosos que podem causar meningite, o pneumococo e o Haemophilus influenzae.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.