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Alvo da PF, ex-assessora pede Pix para “documentário”

Anahi Zurutuza, Jéssica Benitez, Karine Alencar e Gabriela Couto | 16/12/2022 06:00
Montagem da capa da IstoÉ feita por Juliana Gaioso em 2020, depois da prisão de Sara Winter, considerada líder de grupo extremista. (Foto: Reprodução)
Montagem da capa da IstoÉ feita por Juliana Gaioso em 2020, depois da prisão de Sara Winter, considerada líder de grupo extremista. (Foto: Reprodução)

Fonte – Uma das envolvidas nos atos contra os resultados das eleições presidenciais deste ano e alvo da operação deflagrada nesta quinta-feira (15) pela Polícia Federal, a ex-assessora parlamentar, Juliana Gaioso, usa rede social para arrecadar dinheiro via Pix para “a produção de um documentário” que, segundo ela, se chamará “A Resistência”.

Live – Na tarde de ontem, logo após ter a casa vasculhada por policiais federais, em página com mais quase 190 mil seguidores no Instagram, Juliana Gaioso pediu doações em dinheiro para comprar um celular. Ela disse que o aparelho onde estavam as imagens para o documentário havia sido apreendido. Mas, pouco antes, a reportagem havia feito ligação para o número do Pix disseminado por ela para receber valores e a própria Juliana atendeu à ligação, recusando-se a dar entrevista. “Vou falar amanhã [hoje, no caso] depois que conversar com meu advogado”, explicou.

Juliana quem? – Uma das mulheres alvo da PF ontem, Juliana tem 39 anos e o nome envolvido em polêmicas pelo menos desde 2020. Ela foi assessora da senadora Soraya Trhonicke e foi denunciada pelo deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) à PGR (Procuradoria Geral da República) por suposto envolvimento em grupos extremistas que atuavam para cometer crimes “contra o estado democrático de direito’. Dias depois, o Senado oficializou sua demissão “a pedido”. Juliana também trabalhou como comissionada na Câmara de Campo Grande e chegou a concorrer às eleições deste ano pelo PRTB, mas não conseguiu vaga na Câmara Federal.

Lista – Além dela, o ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli Rosa (MDB), que também foi alvo da operação da Polícia Federal ontem, e pelo menos outras cinco pessoas fazem parte de lista de suspeitos de liderarem as manifestações contra o resultado das eleições presidenciais no Estado, que chegaram a bloquear rodovias. Os dados constam em relatório elaborado pela Sisp (Superintendência de Inteligência) da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Tudo se ajeita – Eduardo Rocha já sabe como serão seus próximos quatro anos. Trabalhará na articulação política do governo Riedel com o Legislativo e Judiciário, enquanto a mulher, senadora Simone Tebet (MDB-MS), ainda não sabe se traz a mudança de Brasília para Mato Grosso do Sul. De qualquer maneira, segundo o secretário, tudo vai se ajeitar, mesmo que ele e a esposa tenham de passar mais quatro anos na ponte aérea. “Simone está em Brasília, pode virar ministra, pode não virar. Qualquer coisa a gente se encontra fim de semana, não tem problema”.

Se arrependimento matasse – O deputado Herculano Borges Daniel (Republicanos), foi convidado para ser o candidato a vice na chapa de Eduardo Riedel (PSDB), governador eleito, e recusou. Preferiu tentar se eleger pela terceira vez. Os 17.786 votos que conquistou não foram suficientes. Agora, pressiona por um cargo no primeiro escalão do governo tucano. As notícias não são boas para ele. Foi avisado que não será convidado para ser secretário.

Conta-gotas – O governador eleito agendou mais duas datas para anunciar seus auxiliares do primeiro escalão. Se não tiver nenhum imprevisto, terça-feira, dia 20, ele revela mais alguns nomes e, no dia 27, terça seguinte, o restante. Nomes para empresas, autarquias, segundo escalão, vão ficar para depois.

Aviso prévio – A secretária Maria Cecília Amêndola da Motta, de Educação, está com as malas prontas. Depois de oito anos comandando a pasta, foi comunicada que não vai continuar no cargo. Como já havia adiantado a coluna, cotado para assumir a pasta é Helio Queiroz Daher, professor de Geografia, integrante do Conselho Estadual de Educação e superintendente de Políticas Educacionais na Secretaria Estadual de Educação.

Racha petista – Os quatro deputados petistas – três estaduais (Zeca, Amarildo Cruz e Pedro Kemp) e um federal (Vander Loubet) – estão em queda de braço na “briga” por cargos no governo Riedel. Zeca e Vander pressionam para definir logo o espaço do partido, enquanto Kemp e Amarildo não mexem uma palha. Uma coisa é certa. Os petistas não vão ocupar secretarias. No máximo, um segundo escalão no setor agrário.

Pontualidade – O presidente da Mesa Diretora, Paulo Corrêa (PSDB), solicitou que os deputados cheguem mais cedo na próxima terça-feira (20), para participar da inauguração de duas salas novas na Assembleia Legislativa. Uma em homenagem ao ex-deputado Cabo Almi (PT) e outra em homenagem a Onevan de Mattos (PSDB). Ambos faleceram durante o exercício desta legislatura, vítimas da covid-19.

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