Boatos de prisões aterrorizam meio político na Capital
Boatos – Nos últimos dias, são freqüentes os boatos de que investigados nas operações Lama Asfáltica e Coffeee Break serão presos. Uma hora, o Gaeco pediu a prisão. Outra é de que a Polícia Federal quer levar os envolvidos para o xadrez.
Tenso – No entanto, uma coisa é certa: o clima continua tenso no meio político em Campo Grande. Não bastassem as operações do Gaeco e da Polícia Federal, os políticos ainda temem os desdobramentos da delação premiada no escândalo da exploração sexual de adolescentes.
Outubro – Mario Cesar Oliveira da Fonseca (PMDB) tinha esperança de obter a primeira vitória na Justiça ontem. No entanto, composta por nove desembargadores, a Seção Criminal adiou para outubro o julgamento de um recurso que poderia devolver os cargos de vereador e de presidente da Câmara ao peemedebista.
Férias – Aliás, as férias do desembargador Romero Osme Dias Lopes vão postergar por 30 dias a conclusão de dois julgamentos importantes. Além do caso de Mario Cesar, ele é relator da ação da Prefeitura de Campo Grande contra a greve dos professores das escolas públicas municipais.
Fôlego – A decisão do Tribunal de Justiça, de só concluir no dia 7 de outubro o julgamento sobre a greve na educação, também dá um fôlego extra ao prefeito Alcides Bernal (PP). Ele ganha mais tempo para negociar o reajuste de 13,01% com a categoria. A segunda reunião está prevista para 5 de outubro.
Lixo – No entanto, a coleta do lixo se transformou no principal gargalo da administração de Bernal. Com a greve dos trabalhadores, as ruas da Capital foram tomada pelo lixo e pela sujeira. Nos bastidores, a prefeitura e a Solurb travam uma guerra de versões sobre quem é o culpado pela suspensão do serviço.
Revanche – Os vereadores consideram como a grande revanche de Bernal o escândalo da merenda, onde quase uma tonelada de carne estragou e será jogada na lixo. Com o caso, ele conseguiu criar um fato negativo contra o antecessor, Gilmar Olarte (PP).
Audiência – Uma reunião em Anaurilândia vai discutir a indenização devida pela Cesp aos municípios de Mato Grosso do Sul. Segundo o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), a audiência foi proposta pelo Ministério Público Estadual. O evento deve atrair vereadores, prefeitos e lideranças da região.
Polêmica – A CPI do CIMI continua causando polêmica na Assembleia. O deputado Pedro Kemp (PT) reagiu ao ataque dos ruralistas, que denunciam a Igreja Católica de receber verbas internacionais para incentivar o conflito. O petista destacou que o grupo lamentou a morte de uma vaca nelore, mas nãos se citou nenhuma morte de indígena.
Senado – A aprovação de Emenda à Constituição pelo Senado foi a principal medida concreta para resolver o problema em Mato Grosso do Sul. Com o pagamento de indenização pela terra nua, os produtores já sinalizam que podem baixar as armas para encontrar a paz no campo.
(colaboraram Leonardo Rocha e Michel Faustino)