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Jogo Aberto

Diretor do Detran cometeu erro que prejudica muita gente

Por Ângela Kempfer e Caroline Maldonado | 04/05/2024 07:00
Modelo semelhante ao que provocou multa contra o diretor do Detran/MS. (Foto: Divulgação)
Modelo semelhante ao que provocou multa contra o diretor do Detran/MS. (Foto: Divulgação)

Não é minha! - O diretor-executivo do Detran/MS, João César Mattogrosso, cometeu erro que prejudica muito motorista: vendeu motocicleta e não providenciou a chamada “Alegação de Venda”, documento para comprovar que o veículo mudou de dono. Resultado: foi responsabilizado em multa por excesso de velocidade no cruzamento da Avenida Lúdio Coelho com a Rua João Pedrossian.

Recurso - As informações foram apresentadas pela assessoria do Governo do Estado, após o Jogo Aberto ter publicado ontem (3) a suspensão de CNH do diretor, por dois meses, em consequência da infração. Ainda segundo a assessoria, a informação não está correta porque João César entrou com recurso e ainda aguarda a decisão.

Na mão de terceiros - Apesar de comprar a motocicleta no passado, João César Mattogrosso admite não ter Carteira de Habilitação para pilotar esse tipo de veículo, mas justifica que a Honda Fan 160 era usada por assessores "para o trabalho do dia a dia em seu gabinete".

Não deu - A prefeita Adriane Lopes (PP) vetou o projeto de lei do vereador Otávio Trad (PSD) que prevê placa acessível com informações em braile e em audiodescrição por meio de QR Code até em inauguração de obras da Capital. A PGM (Procuradoria-Geral do Município) alega que criar lei desse tipo é competência somente da prefeitura.

Por fora - É mais um projeto que indica despreparo de quem legisla e deve ficar na lista dos vetados por violação de normas de iniciativa, ou seja, não cabe ao vereador tratar sobre. O texto, no entanto, vai passar novamente por votação na Câmara Municipal, perda de tempo total.

Ops - A Semed (Secretaria Municipal de Educação) teve que publicar uma errata de edital para seleção de servidores ao Programa MS Alfabetiza. Quem editou o texto escreveu “índio”, mas hoje o politicamente correto é “indígena”, porque significa "originário, aquele que está ali antes dos outros" e, por isso, valoriza a diversidade. Já o “índio” caiu em desuso, porque o termo foi criado quando Cristóvão Colombo chegou ao Brasil e reportou que havia chegado às Índias, em 1492.

Originários - Não eram “índios”, e sim centenas de etnias e línguas. É por isso, inclusive, que não comemoramos mais o Dia do Índio em 19 de abril, e sim o Dia dos Povos Indígenas. A data foi criada em 1943 e alterada em 2022. Conforme o último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), hoje há 274 línguas indígenas faladas por 305 etnias.

Voando - Um dos reflexos do avanço da produção é o boom da aviação agrícola, que dobrou de tamanho no Brasil em apenas 13 anos. Passou de 1.300 aeronaves para 2.600 aviões no ano passado, e 140 delas estão em Mato Grosso do Sul.

Agente laranja - O erro acontece do lado de lá, mas o reflexo chega a todo ecossistema pantaneiro. Fazendeiro foi multado em R$ 2,8 bilhões por aplicar agrotóxicos da Guerra do Vietnã no Pantanal. Ele uso o 2,4-D, componente do chamado "agente laranja", que matou muita inimigo dos Estados Unidos. Foram 3 anos de uso para o chamado "desmate químico".

De praxe - A corregedora-geral da Justiça do Trabalho, ministra Dora Maria da Costa, estará em Campo Grande na próxima semana para verificar se tudo anda bem no Tribunal Regional do Trabalho. Na segunda-feira (6) começa a fiscalização sobre cumprimento dos prazos processuais e demais questões sobre o desempenho do órgão. E vai ter contato direto com a população, mas de quem já fez o agendamento. “A ministra receberá pessoas interessadas em fazer reclamações e sugestões que tenham por finalidade o aprimoramento dos serviços prestados pela Justiça do Trabalho”, explica a Corregedoria.

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