Empreiteiro é solto por Terenos e preso por Bonito
Foi, não foi – Nem deu tempo de comemorar. O empreiteiro Genilton da Silva Moreira, preso na Operação Spotless, que apura suposto esquema de fraudes em licitações em Terenos, havia conseguido habeas corpus na semana passada. Mas, enquanto ainda aguardava a liberação, a Justiça determinou nova prisão preventiva, desta vez no âmbito da Operação Águas Turvas, que investiga corrupção em Bonito. Resultado: continuou no Centro de Triagem.
Uia – A conexão entre os dois esquemas foi enquadrada no princípio da serendipidade — ou, em bom português jurídico, o “encontro fortuito de provas”. Significa que o material descoberto por acaso, mas dentro de uma investigação legal, pode ser usado em outro caso. Foi exatamente o que aconteceu: os indícios colhidos em Terenos levaram o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) até Bonito. O famoso “foi sem querer querendo”.
Libera o projeto - A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) cobrou a colega Gleice Jane (PT) sobre o andamento da relatoria do Projeto de Lei que propõe a instalação de câmeras de vídeo em escolas da rede estadual. Mara pediu que a petista analise o texto para que ele possa seguir em tramitação na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). “Temos problemas nas escolas que podem ser resolvidos com a instalação dessas câmeras”, justificou Mara.
Só parece simples - Em resposta, Gleice disse que vem escutando pessoas, com visitas a escolas e conversas com profissionais da educação, e destacou que o projeto exige análise mais profunda. Apesar de se declarar contrária à instalação dos equipamentos, a deputada disse ter firmado compromisso com o secretário estadual de Educação para concluir a relatoria “nos próximos meses”. “Embora pareça simples, o projeto traz uma série de outros debates que precisam ser pensados”, pontuou.
Alivia aí - O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) defendeu a redução do número de repetições de flexão de braço exigidas no TAF (Teste de Aptidão Física) aplicado às candidatas do concurso da Polícia Civil. Atualmente, o exame prevê 14 repetições com quatro apoios para mulheres e 20 para homens.
Apoiado - O parlamentar diz que recebeu reclamações sobre a desproporcionalidade entre as provas e informou que um grupo de candidatas já encaminhou requerimento ao Ministério Público para formalizar a denúncia. Caravina recebeu apoio de outros parlamentares, como Pedro Kemp (PT) e Gleice Jane (PT).
Bico não - O projeto de lei que pretende regularizar o trabalho extra de policiais militares, o famoso “bico”, voltou a ser debatido na Alems. O deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) acha que a proposta representa risco à segurança pública. “Calcule o poder que teria se nós legalizássemos isso. Uma facção, alguém que lidera um negócio do tráfico de drogas, poderia contratar policiais nas horas vagas, oferecendo valores muito maiores do que o Estado tem condição de pagar”, disse
Em debate - A posição de Pedrossian foi apoiada por Gleice Jane (PT), que defendeu a valorização e melhoria salarial dos policiais, e por Carlos Alberto David, o Coronel David (PL), que também se declarou contrário à proposta, mesmo sendo do mesmo partido do autor do projeto, João Henrique Catan (PL). O texto segue em discussão nas comissões temáticas antes de voltar ao plenário.
Retorno - O Ministério Público de Mato Grosso do Sul esclareceu que o gasto de aproximadamente R$ 500 mil, citado na coluna Jogo Aberto de ontem, não se refere à decoração, mas à aquisição de bens permanentes e mobiliário operacional. Segundo o órgão, o valor corresponde ao fornecimento de itens destinados a equipar diversas unidades do MP em todo o Estado.
Registro de preços - Entre os materiais previstos estão 284 armários altos, 284 armários baixos, 284 mesas de reunião retangulares, 106 gaveteiros móveis e 136 mesas modelo delta. O órgão reforça que a compra foi feita por meio de adesão a uma Ata de Registro de Preços, processo em que qualquer empresa que atenda aos requisitos técnicos e comprove a qualidade mínima dos materiais pode participar.