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Sentença sobre “bosta” deixa juiz de MS conhecido no País

Marta Ferreira e Gabriel Neris | 13/01/2020 06:00
Participante de "air soft" sofreu ferimento no rosto durante atividade, no fim de semana. (Foto: Direto das Ruas)
Participante de "air soft" sofreu ferimento no rosto durante atividade, no fim de semana. (Foto: Direto das Ruas)

Famoso – A sentença “sui generis”, na qual considera que a palavra “bosta” pode até ser referência de elogio, deixou conhecido nacionalmente o juiz Caio Márcio de Britto, atuante em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande. É só fazer pesquisa no Google, principal ferramenta de buscas da internet, para ver conteúdo sobre o despacho de norte a sul do País.

Silêncio - Diferente de outras situações envolvendo a classe, Caio Márcio de Britto não suscitou a defesa de seus pares, mesmo tendo sido alvo de inúmeras palavras ofensivas no "tribunal virtual" em razão da absolvição do rapaz preso por desacato e resistência a guardas municipais. As entidades representivas dos magistrados preferiram se calar.

Quem é – O magistrado está na Justiça Estadual desde 2001. É doutor em Ciências Jurídicas por uma faculdade da Argentina e também professor universitário em Dourados.

Memória - Já trabalhou em Campo Grande, onde uma de suas decisões polêmicas foi mandar transferir para “lugar adequado”, no fim de 2017, o "Maníaco da Cruz". O jovem ficou conhecido em todo o País depois de assassinar três pessoas, em 2008, e deixar os corpos em formato de crucifixo, quando ainda era adolescente.

O que deu? - À época, o rapaz estava no Instituto Penal de Campo Grande, na ala destinada aos internos com alguma doença, entre eles os pacientes psiquiátricos. A determinação de Caio Márcio acabou sendo derrubada e o “Maníaco” até hoje segue no sistema prisional estadual, mesmo já tendo cumprindo a punição pelas mortes.

Preocupação – Responsável pela saúde pública de Campo Grande, o secretário José Mauro Castro comentou neste domingo em seu Facebook resultado de pesquisa sobre o fato de a maconha não ser tão inocente como pregam os defensores do “legalize, já”. “Acaba de sair estudo revisando o impacto a longo prazo do uso de maconha em 23 mil adolescentes, publicado numa das melhores revistas de psiquiatria do mundo”, escreveu.

Dados – Conforme o secretário postou, o levantamento concluiu que adolescentes usuários de maconha, em comparação com adolescentes não usuários, tiveram risco 37% maior de desenvolver depressão na idade adulta, risco 50% maior de ideias suicidas e risco de tentativa de suicídio triplicado na vida adulta.

Antídoto – Ainda citando a pesquisa, o secretário anota que este é um importante problema de saúde pública, que deve ser “adequadamente abordado pelas políticas de saúde pública”. Segundo o argumento defendido pelos estudiosos, e replicado por José Mauro, ortopedista de formação, as políticas de prevenção devem “educar os adolescentes a desenvolver habilidades para resistirem à pressão do grupo para usarem drogas”.

Fogo amigo - O airsoft, simulação de operações militares com armas de pressão, criou confronto dentro e fora do jogo em Campo Grande. Praticantes reclamam da utilização de espaço público e sem a autorização devida, além da falta de ambulância para casos de imprevisto.

Susto - Segundo participante de grupo, a brincadeira no Centro de Belas Artes,  obra pública parada há mais de vinte anos. No fim de semana, um participante precisou de socorro depois de cair e machucar o lábio superior. Não havia autorização para a utilização, conforme informado à coluna.

Visita - O atacante Michael, ex-Goiás e agora rubro-negro, passou o fim de semana em Campo Grande antes de embarcar para o Rio de Janeiro, onde assinará contato com o Flamengo. O empresário Eduardo Maluf é quem cuida da carreira do jogador. No Instagram, Michael descreveu que a visita a empresa gerenciada por Maluf renova a “parceria de trabalho” entre os dois.

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