Hotel em homenagem à Índia tem Gandhi no jardim e samosa no menu
Há quase 10 anos, lugar homenageia a cultura indiana após viagem do proprietário ao país asiático
Foi depois de uma viagem de negócios à Índia, em 2004, que o empresário Ângelo Tibery decidiu fazer uma aposta no mercado hoteleiro de Três Lagoas como forma de homenagem ao país asiático. Foi assim que, há quase 10 anos, ele inaugurou na cidade um hotel que carrega traços da cultura indiana na decoração, culinária e até no jeito de atender.
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Inaugurado em 2006, o Taj Hotel nasceu de uma inspiração inesperada. Na viagem de negócios para a Índia, feita dois anos antes, Ângelo conta que mudou a maneira como enxergava o conceito de hospitalidade.
“Eu estava construindo o hotel, mas ainda não tinha uma proposta temática. Quando fui pra Índia, me encantei com a cultura e pensei em trazer um pouco disso pra cá’”, relembra.
Com a decisão, o projeto incorporou elementos simbólicos da cultura indiana ao espaço, desde a decoração dos quartos e espaços de convivência, até o menu do restaurante. “No cardápio a gente tem o frango com curry que é nosso prato mais pedido e está no cardápio desde o começo. Também temos as samosas recheadas de legumes, gengibre e especiarias”, detalha.
O nome, claro, não poderia ser outro. “O hotel ainda não tinha nome definido. Com a proposta da Índia, ficou fácil e virou Taj, em referência ao Taj Mahal”, explica Ângelo, embora a arquitetura do prédio não siga o estilo do famoso monumento. “A estrutura já estava sendo construída. O que transformamos foi o interior com esculturas, fotos, peças típicas, muita coisa vinda da Ásia”, afirma.
Além da ambientação, o hotel oferece experiências que conectam à espiritualidade e bem-estar. Há aulas de yoga, massagens relaxantes em um bangalô e uma piscina com o formato das cúpulas do Taj Mahal. “Isso proporciona uma energia diferente para o espaço e o pessoal sente”, comenta.
Peças religiosas como estátuas de Shiva, Ganesha e até uma escultura de Gandhi em bronze ajudam a compor o ambiente. “A maioria das peças veio da Índia, mas temos algumas da Indonésia e da China também”, destaca Ângelo. O empresário ainda trouxe de Punta del Este uma rickshaw, tradicional bicicleta indiana que hoje é usada como objeto decorativo.
Entre os objetos preferidos do empresário, está um elefante esculpido em uma única peça de madeira, posicionado estrategicamente próximo à escada principal. “É uma peça maravilhosa, a que eu mais gosto. Tem também o portal de madeira na segunda ala do hotel, que é incrível”, completa.
Segundo o empresário, a proposta, que poderia parecer ousada para uma cidade do interior de Mato Grosso do Sul, foi bem recebida. “O hotel é muito visitado, inclusive por pessoas que só vêm tirar fotos. Todos os dias tem gente entrando por curiosidade ou para sentir a energia do lugar”, conta.
Para ele, a receptividade calorosa dos indianos deixou marcas no coração. “Apesar da simplicidade, são pessoas muito felizes, religiosas e receptivas. Em todos os lugares, éramos recebidos com um chá, com boas-vindas. Aquilo me encantou”, relembra.
Ângelo não descarta expandir o conceito do Taj para outras cidades. “Muita gente me pede, mas como o hotel foi uma forma de diversificar o trabalho, ainda é um plano em aberto. Quem sabe no futuro a gente monta uma prévia em outro lugar”, finaliza.
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