MS começa a gravar seu 1º longa de R$ 1 milhão dirigido por uma mulher
O nome do filme é 'Quando a gente se encontrar' e quem assume a direção é Lígia Tristão Prieto
Em junho, Mato Grosso do Sul vira cenário e protagonista de um feito inédito: o Estado começa a gravar seu primeiro longa-metragem com orçamento de R$ 1 milhão, dirigido por uma mulher. O nome do filme é 'Quando a gente se encontrar'. Quem assume a direção é Lígia Tristão Prieto, cineasta e dramaturga à frente do Grupo Casa Produções – um coletivo de artistas que mistura afeto, arte e coragem no que faz.
A história vai ser filmada entre Campo Grande e Bonito e marca um divisor de águas no cinema sul-mato-grossense. Não só pelo valor do investimento, viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, mas também por quem está por trás das câmeras: uma equipe formada em sua maioria por mulheres e pessoas LGBTQIAPN+, todas com ligação direta com o Estado.
Lígia, que já dirigiu os curtas Eleonora e Na Sombrada Chuva, estreia no longa com um projeto que começou a ser escrito em 2020. O roteiro foi criado a muitas mãos, a partir do método autoral “Escuta da Criação”, uma construção colaborativa onde cada integrante traz sua própria bagagem para o processo. A narrativa também conta com a orientação de Pedro Reinato, roteirista e professor da Roteiraria, em São Paulo.
A equipe é formada por nomes como Jéssica Santos (direção de fotografia), Gabriella Thais (produção), Leonardo Sales (arte), Leonardo de Medeiros (elenco) e Dayane Bento (figurino). Ao todo, são mais de 130 profissionais envolvidos, todos escolhidos com cuidado para valorizar a diversidade, o talento local e a força coletiva.
Quando a gente se encontrar fala sobre encontros, afetos e permanência. Temas que moram longe do glamour, mas bem perto da vida real. O filme quer mostrar que o Brasil do cinema também acontece fora do eixo Rio-SP. E que o Mato Grosso do Sul tem muito a dizer, e a mostrar.
Para além do filme, o projeto é um marco para o coletivo Grupo Casa Produções, que há mais de 10 anos atua com arte, cultura e formação. A estreia no longa chega como prova de que é possível fazer cinema potente, sensível e transformador, mesmo longe dos holofotes tradicionais.
Quando a gente se encontrar ainda não tem data de estreia.