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Comportamento

Católicas são maioria entre mulheres que tiveram filhos em Campo Grande

Entre os grupos religiosos, evangélicas aparecem com a segunda maior quantidade de mães

Por Kamila Alcântara e Inara Silva | 29/06/2025 09:54
Católicas são maioria entre mulheres que tiveram filhos em Campo Grande
Seguindo rito católico, criança é batizada ainda bebê (Foto: Liliane Costa)

Levantamento inédito mostra que a maioria das mulheres mães em Campo Grande se identificam como pertencentes a igreja católica. Os dados são do último Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram divulgados nesta semana.

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Em Campo Grande, das 261.657 mulheres com 12 anos ou mais que tiveram filhos, 46% são católicas e 37% evangélicas, segundo dados do Censo Demográfico do IBGE. O levantamento também identificou mães espíritas, umbandistas e de outras religiões. A pesquisa revelou que a taxa de fecundidade varia conforme a religião. Enquanto espíritas têm em média 1,01 filho, evangélicas apresentam 1,74 filho por mulher, acima da média nacional de 1,55. A idade do primeiro filho também difere: entre 20-24 anos para umbandistas, 30-34 para espíritas e 25-29 para os demais grupos.

A Capital sul-mato-grossense tem 261.657 mulheres com 12 anos ou mais que tiveram filhos nascidos vivos. Dessas, 120.681 se declararam católicas apostólicas romanas, o que representa cerca de 46% do total. O segundo maior grupo é o de mulheres evangélicas, com 95.881 registros, aproximadamente 37% das mães.

As mulheres espíritas somam 9.017, enquanto 2.139 são ligadas a religiões como Umbanda e Candomblé. O levantamento ainda identificou 14.786 mães de outras religiões e 18.833 mulheres sem religião. Outras 123 entrevistadas afirmaram não saber ou não quiseram informar.

Mato Grosso do Sul - Quando olhamos para todo o Estado, a tendência religiosa é a mesma: católicas são maioria, com 51,7%, num total de 410.194 pessoas, enquanto as evangélicas (279.096) representam mais de um terço (35,2%) desse grupo.

Tanto as mulheres católicas quanto as evangélicas apresentam padrões de fecundidade relativamente parecidos, especialmente nas faixas de um, dois e três  filhos, que representam a maior parte dos casos em ambos os grupos.

Cerca de 24,8% das católicas têm um filho, número muito próximo dos 23,1% das evangélicas. Na faixa de dois filhos, as católicas somam 34,9% e as evangélicas 32,9%, valores igualmente semelhantes. Para três filhos, as porcentagens são novamente próximas: 21,7% das católicas e 22,9% das evangélicas.

Em relação às famílias maiores, com quatro, cinco ou seis filhos ou mais, as evangélicas apresentam percentuais sutilmente mais alto, sendo 9,5% das mulheres evangélicas com quatro filhos contra 8,9%  das católicas; cinco filhos somam  4,7% entre as evangélicas e 3,9% nas mulheres católicas.

Já em relação a seis ou mais filhos, o IBGE aponta que 6,8% das mães são evangélicas e 5,8% católicas. Mulheres sem religião concentram-se mais em um filho (31,1%), enquanto as espíritas têm a maior incidência de dois filhos (36,5%).

Grupos menores, como umbandistas e candomblecistas, apresentam percentuais mais elevados para três filhos (25,8%), mas têm baixa representação em famílias numerosas.

Católicas são maioria entre mulheres que tiveram filhos em Campo Grande
Pesquisa do IBGE aponta a religião das mães acima de 12 anos em MS (Foto: Paulo Francis)

Diferença entre religiões - De acordo com os dados nacionais do Censo 2022, o IBGE destacou que a TFT (taxa de fecundidade total) das mulheres varia de acordo com o grupo religioso.

As menores taxas foram entre espíritas (1,01 filho por mulher) e mulheres da Umbanda e Candomblé (1,25 filho por mulher). Os grupos católico (1,49), sem religião (1,47) e outras religiosidades (1,39) também apresentaram taxas abaixo da média nacional, que é de 1,55 filho por mulher.

O único grupo com taxa acima da média foi o das mulheres evangélicas, com 1,74 filho por mulher.

Idade das mães - O Censo também mostrou que o pico de fecundidade varia entre as religiões. Para mulheres sem religião e adeptas da Umbanda e Candomblé, a maioria dos filhos nasce entre os 20 e 24 anos. Já entre as espíritas, a maior concentração de filhos ocorre entre os 30 e 34 anos. Nos demais grupos, o pico acontece entre os 25 e 29 anos.

O IBGE aponta que essas diferenças podem estar relacionadas às estruturas etárias e níveis de escolaridade de cada grupo religioso.

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