Eleição teve até cabine de votação para criançada se divertir
Cada criança foi presenteada com uma mini urna cheia de balas dentro, e uma mensagem agradecendo pelo voto
Ao notar a frustração das crianças por não poderem votar junto com os pais, a professora de artes Sueli Paroni, de 58 anos, decidiu criar todo um sistema de votação voltado especialmente ao público infantil, na Escola Estadual 26 De Agosto, em Campo Grande. Conforme explica a professora, além de proporcionar um momento divertido para as crianças, a ideia também foi promover uma experiência educativa e ensinar elas a importância do voto.
As crianças receberam uma cédula, com os personagens do filme Divertidamente, as emoções Alegria, Raiva, Nojinho, Tristeza, Ansiedade, Medo, Vergonha, Inveja e Tédio, e deveriam marcar um ‘x’ no personagem que mais se identificavam. Após isso, depositaram o voto na urna.
Assim como os adultos, eles também receberam um comprovante do voto, mas de um jeito ainda mais divertido e criativo. Cada um foi presenteado com uma mini urna cheia de balas dentro, e uma mensagem agradecendo pelo voto.
A diversão foi tanta, que a criançada até se esqueceu dos pais, e ficaram entretidas para participar da brincadeira e cumprir seu ‘papel’ como cidadãos civis. A iniciativa de Sueli fez tanto sucesso, que até crianças que estavam acompanhando os pais que votaram em outras sessões, foram até a sessão dela votar.
“Eu acredito que essa experiência seja profícua, no sentido de a criança perceber que é prazeroso estar participando, enquanto cidadão, em um ato civil, de ver a família participando de uma maneira efetiva nas eleições, e ele enquanto criança, poder fazer essa participação também”, explica Sueli.
Sueli trabalha como mesária há mais de 20 anos, e explica que começou a observar que as crianças que acompanhavam os pais nutriam bastante expectativa de poder participar da votação. Não existe uma lei que define que as crianças não podem acompanhar os adultos na cabine, mas a professora explica que, em sua sessão, ela não permite, porque isso pode comprometer o sigilo do voto ou causar alguma intercorrência.
“Eu não permito porque a gente acaba perdendo um pouco de domínio. A gente não pode acompanhar na hora [da votação], a gente tem que ficar restrito ali. E a criança podia estar mexendo em botões que não pode, ou verbalizando o conteúdo, falando em quem o pai votou, e acabava quebrando o sigilo”, explica Sueli, sobre o motivo de não permitir que as crianças entrem na cabine.
Em contrapartida, ao notar a frustração dos pequenos por não poder votar, decidiu pensar em alguma atividade que pudesse proporcionar essa experiência a eles.
“Comecei a pensar num mimo pra deixar esse momento menos triste e frustrante pra essa criança, porque elas vem com uma expectativa. Comecei a pensar numa situação em que eles pudessem participar, de alguma forma, desse processo, e, de certa forma, formar os novos cidadãos que estão aí”, comenta.
Eleições 2024 - A partir das 16 horas você acompanha em tempo real a apuração das eleições 2024 neste link no Campo Grande News. Os números direto do TRE serão disponibilizados assim que as urnas forem abertas.
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