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Comportamento

Filho de cacique morto em ataque leva cultura guarani-kaiowá para Veneza

Paula Maciulevicius | 02/06/2013 11:10
Um dos porta-vozes dos guarani-kaiowá em Veneza é Genito Gomes, filho do cacique Nísio Gomes, ele quem vai falar da arte e cultura. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
Um dos porta-vozes dos guarani-kaiowá em Veneza é Genito Gomes, filho do cacique Nísio Gomes, ele quem vai falar da arte e cultura. (Foto: Arquivo/João Garrigó)

As cores, os ritos e a arte guarani-kaiowá ganham espaço na Bienal de Veneza. A exposição aberta oficialmente neste final de semana na Itália terá índios da aldeia Guaiviry, de Aral Moreira, falando diariamente, até agosto, sobre a cultura indígena.

Os porta-vozes dos guarani-kaiowá em Veneza são Valdomiro Flores e Genito Gomes. Ele, filho do cacique Nísio Gomes, que protagonizou com a própria vida os ataques sofridos no acampamento Guaiviry em novembro de 2011.

“Nós estamos aqui para falar de nosso povo, de nosso passado, do presente e do futuro", diz Flores.

A narrativa de toda trajetória guarani-kaiowá é parte do novo trabalho do brasileiro Paulo Nazareth, um dos 150 artistas da exposição "O Palácio Enciclopédico", a principal seção da 55ª Bienal.

O acampamento Guaiviry fica a 364 quilômetros de Campo Grande, na divisão entre Aral Moreira e Amambai. Cenário do ataque aos guarani que terminou na morte do cacique Nísio Gomes, aos 59 anos.

No início da manhã de uma sexta-feira, pistoleiros invadiram a comunidade. Os guarani estavam acampados no palco do atentado desde o dia 1º de novembro e já vinham sofrendo ameaças de morte.

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