Kelyn se reergueu da depressão com BTS e tatuou Jimin na coxa

Quem olha a tatuagem na coxa de Kelyn Cristina, de 41 anos, e está por fora do universo do pop coreano, não tem ideia de que o homem marcado ali é um dos membros do BTS, o Park Ji-min, conhecido como Jimin. Sem vergonha de assumir a paixão que sente pelo ídolo, a Army (como são chamados os fãs da banda) encontrou nas músicas do grupo a força que precisava para se reerguer e voltar a viver.

Ela conta que descobriu os meninos durante a Copa do Mundo de 2022, e foi como se a vida ganhasse um novo sentido. A homenagem  que pega quase toda coxa dela não demorou muito para ser feita.

“Eles me ajudaram em várias coisas, num ponto da minha vida que achei que não daria conta. Sou completamente apaixonada porque eles me salvaram de uma depressão muito grande, de um momento que não tinha mais forças, e escutando a gente se sente acolhido”, conta.

Para entender o que o astro significa para ela, é preciso mergulhar na história. Mãe de William, um jovem autista de 20 anos, Kelyn sempre precisou enfrentar sozinha as dificuldades do dia a dia e cuidar tanto do filho quanto da mãe de 70 anos.

“Minha vida nunca foi fácil. Sempre tive que lutar muito, porque somos só eu, ele e minha mãe. Enfrentei muitos 'nãos' na vida. Como é só a gente, de certa forma eu me senti um pouco sozinha e sobrecarregada, porque eu que mantenho a minha casa, eu que sustento tudo aqui, e não é fácil. Preciso ficar com meu filho o máximo de tempo possível, porque ele precisa muito de mim”.

Com a rotina voltada aos dois, Kelyn se via sem tempo para si, até que o grupo surgiu e trouxe a cor de volta para a vida dela. Agora, a casa antes sem nada ganhou almofadas gigantes, inúmeros pijamas com a cara dos membros do grupo, cadernos variados, pôsteres e lençóis de cama.

“Eu me pegava muito triste. Quando podia, eu dormia, porque fazia com que eu esquecesse um pouco da luta diária de todos os dias, dos sofrimentos. Não tinha, tipo, algo que me levantasse. Foi aí que eu conheci o BTS e eles me deram uma força, eles me deram uma esperança, eles me levantaram de uma forma com que parece que foi um farol pra mim".

De acordo com ela, na abertura da Copa do Mundo não foi só ela que se apaixonou pelo coreano Jimin, mas a mãe também. A tatuagem é uma homenagem também para a mãe. "Meu filho também gosta muito dele. Então, a partir do momento que a gente conheceu, a nossa vida parece que ganhou cor, ficou tudo colorido”.

Hoje, mesmo com o curso de Psicologia trancado por conta de problemas com o Fies, ela encontra novas formas de viver.

“Sou mãe em tempo integral, filha da dona Sílvia, dona de casa e faço bolos e doces para vender com uma amiga.” E é com esse esforço que a família vai tocando a vida, agora mais leve, mais feliz.

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