Ampliar educação exige união de esforços, diz Riedel
Em evento na Fiems, ele apontou que alianças são necessárias diante da velocidade das transformações

O governador Eduardo Riedel considerou que “pensar e agir juntos” é o melhor caminho para avançar na educação, diante da velocidade com que as transformações acontecem no tempo atual. A reflexão foi feita essa manhã, durante a abertura do Meeting Internacional de Educação, promovido na Fiems (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul), para discutir temas como qualificação, inteligência artificial e até experiências de outros países, como da Finlândia.
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O governador Eduardo Riedel destacou a importância da união de esforços para avançar na educação durante a abertura do Meeting Internacional de Educação na Fiems. Ele enfatizou a necessidade de novas metodologias e dinâmicas, especialmente na rede pública, para preparar os alunos para as demandas futuras do mercado de trabalho. O evento reuniu especialistas para debater temas como qualificação, inteligência artificial e experiências internacionais, como o modelo educacional da Finlândia. Sérgio Longen, presidente da Fiems, ressaltou a dificuldade de jovens em se engajar na escola e a importância de um modelo educacional moderno. O superintendente do Sesi, Wisley Pereira, alertou para a falta de mão de obra qualificada no Brasil, comparando a produtividade com países como a Coreia. O evento também abordou a formação de professores e a educação especial, com palestras sobre inovação e aprendizagem digital.
“Entendemos que é um avanço importante à discussão da educação, não só em Mato Grosso Sul como no Brasil. Nós temos hoje muitos jovens que têm dificuldade de encarar a escola e eu entendo que esses pares que estão compondo o Comitê têm propriedade para discutir esse novo modelo, que é uma proposta de uma educação mais moderna, atendendo os anseios da educação”, analisou o presidente da entidade, Sérgio Longen. Ele mencionou que professores, representantes das prefeituras e universidades foram convidados para o debate, que dura o dia todo. O comitê citado se dedica há dois anos a pensar mudanças na educação.
O Sesi, ligado à Fiems e voltado à área de ensino também acredita na qualificação para suprir oferta de mão de obra. O superintendente nacional de Educação do Sesi, Wisley Pereira, apontou que é preciso melhorar a formação com vistas ao mercado de trabalho e comparou que o Brasil precisa de quatro trabalhadores para desempenhar as tarefas de um da Coreia, por exemplo. “De um lado, a indústria diz que precisa fazer contratação, do outro lado o brasileiro falando que não tem emprego, não tem qualificação. São 68 milhões de brasileiros que não têm educação. A indústria não consegue avançar porque quando ela vai olhar para o mercado, não tem produto humano no mercado”, diz.
O Sesi tem no Estado escolas particulares em Campo Grande, Aparecida do Taboado, Corumbá, Dourados, Naviraí, Maracaju e Três Lagoas.
A falta de mão de obra qualificada é um assunto que se tornou recorrente no Estado, com a expansão de atividades industriais. A Fiems aponta que precisa conceder 76% de gratuidade nas capacitações oferecidas pelo Senai, mas não consegue alcançar diante da baixa procura pelo conhecimento técnico.
Ao falar sobre a necessidade de avançar na educação diante da velocidade das mudanças, o governador apontou que é preciso que metodologias novas, dinâmicas cheguem também à rede pública, para atender desde as crianças. O reflexo disso, citou, será sentido no futuro dos alunos, “vai ter impacto direto na sua condição social, na renda, emprego, até porque as oportunidades estão aí. A gente sempre ouve falar 'está faltando mão de obra, está difícil qualificação, esse é um processo que a gente está transformando desde a base para poder gerar oportunidade para todos os sul-mato-grossenses”.
O evento na Fiems dura dia todo. Na abertura, o secretário estadual de Educação, Hélio Daher, mencionou viagem que fez à Finlândia junto com técnicos do Sesi para conhecer experiências. Uma das palestras, inclusive, será feita pela coordenadora de educação no Consulado da Finlândia, Sanni Haka da Silva, sobre o modelo do país para a primeira infância. Outras palestras incluem o uso de inovação, a educação especial, esporte na escola e a formação de professores em cenário de aprendizagem digital.