Relíquia, motorhome de Rudimar pode ter sido do padre do balão
Engenheiro comprou veículo há um ano, mas as buscas eram antigas
Estacionado na Vila Morena, antiga Cidade do Natal, o motorhome branco e laranja de Rudimar Cecagno chama a atenção. Ele exibe o modelo fabricado em 1985 e conta que demorou para comprar o veículo. Hoje, ele viaja e leva a família para cima e para baixo no motorhome que, segundo ele, teria pertencido ao padre do balão, ou Adelir de Carli.
A história do padre correu o mundo em 2008. Na tentativa de arrecadar fundos para um projeto social, ele decolou do litoral do Paraná preso a centenas de balões de gás hélio, em uma espécie de missão. Ele desapareceu no mar e, dois meses depois, seu corpo foi encontrado no litoral do Rio de Janeiro.
Há mais ou menos 15 anos eu quase comprei ele, que foi logo após o sumiço do padre. Ele usava isso para fazer as missões, ir para o interior, para as comunidades carentes. Como não tinha onde ficar, ele ficava no carro lá e rezava. Eu conheci a história dele quando ele sumiu, pelas matérias. Pouco tempo depois, o motorhome estava à venda”.
Rudimar é natural de Paraí, no Rio Grande do Sul, mas vive em Campo Grande há 25 anos. Ele conta que passou anos procurando um veículo grande que pudesse chamar de segunda casa, já que ele não abandonou a fixa no bairro Nova Lima. A compra do motorhome foi feita há um ano, mas ele já havia tentado comprar o veículo anos antes.
O revestimento e móveis são de madeira antiga, alguns aparelhos mais novos. O modelo conta com um banheiro pequeno e um lavabo. Na cozinha, uma mesa grande. Na sala, sofás que servem como camas para as crianças. No quarto, Rudimar mostra o local onde acredita que ficavam as batinas do padre do balão. "Foi feito diferente essa parte, acho que para caber a roupa dele".

O engenheiro relembra que o casal - que anos depois vendeu o carro para ele- conseguiu ser mais rápido e levar o veículo. Rudimar voltou a encontrar a dupla em Campo Grande depois disso, mas eles estavam pedindo R$ 160 mil pelo motorhome. Mesmo querendo o engenheiro resistiu. Desde então, passou a monitorar os sites de compra para tentar achar um parecido. Foi então que, enfim, um anúncio apareceu.
“Quatro ou cinco anos depois eu vi um anúncio eles estavam vendendo, até achei que era golpe. Eu ficava procurando algum parecido porque queria comprar”.
Rudimar participa do 4º Encontro de Motorhomeiros e Campistas de Mato Grosso do Sul, que acontece até este domingo (4), na Vila Morena. Por ali, churrasco não falta. Além de inúmeros carros, pessoas se juntam para trocar experiências na estrada.
Falando nisso, Rudimar não se aventurou muito com o motorhome, mas o plano é botar ele para rodar mais em breve. Por hora, ele serve para lazer com a família e pequenos trajetos.
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