Stezinho Bororó saiu de projeto social para pódio nacional de MMA
Douradense, Steferson Alencar começou em aulas de capoeira da Prefeitura e hoje é destaque no MMA
Aos 23 anos, Steferson Alencar já vive o que muitos atletas sonham e tem conquistado espaço nos grandes palcos da luta. Conhecido como Stezinho Bororó, o jovem lutador de MMA nasceu em Dourados e leva na alcunha o orgulho da origem. ‘Bororó’, faz referência à aldeia indígena douradense que integra a maior reserva urbana do País, lugar onde ele deu os primeiros passos da vida e do esporte.
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No último fim de semana, Steferson brilhou no SFT Combat, importante evento da luta nacional, transmitido para todo o País pela TV Bandeirantes. Lutando na categoria peso galo, ele venceu por decisão unânime e levou o nome de Mato Grosso do Sul ao topo do pódio.
"Essa luta no SFT foi uma das principais. É um dos maiores eventos aqui de São Paulo e foi muito importante para mim. Eu queria mostrar para a galera que eu posso mais, que eu consigo", contou o lutador, que hoje mora em Osasco, no interior de São Paulo, mas carrega o Estado natal por onde passa.

Apesar da pouca idade, Stezinho tem uma longa história com a luta, iniciada ainda na infância e graças a projetos sociais. Hoje, no currículo, ele soma 16 lutas na categoria amadora e apenas duas derrotas.
"Eu sempre tive vontade de treinar, desde pequeno. Em Dourados tinha um projeto da Prefeitura na Vila Rosa e fiz umas aulas de capoeira lá. Depois, quando mudei para São Paulo com 12 anos, entrei em outro projeto social em Osasco", relembra.
Foi nesse novo projeto que Steferson conheceu a equipe Team Brave, com quem treina desde os 16 anos. Segundo ele, os desafios da jornada de atleta já começam na rotina intensa e puxada.
"Começo com jiu-jitsu às 9h. Vou correndo até a academia, fico lá até 13h, depois tem treino de MMA. Volto correndo pra casa, e às 15h tem musculação. Às 18h30, Muay Thai. Depois disso, ajudo meu mestre no treino das 20h, e às 21h15 começa minha aula de MMA, que vai até umas 22h40. Aí volto para casa e recomeço tudo no outro dia", explica.
Perguntado sobre a fonte de tanta energia, ele responde com simplicidade e determinação. "Eu já trabalhei em lava-rápido, com meu pai em escritório, mas foi na luta que eu me achei. Minha família sempre me apoiou, e eu quero mostrar pra eles que posso ir mais longe, que posso estar entre os grandes", revela.
Na luta, Stezinho diz que aprendeu mais que a técnica de golpes. Aprendeu autocontrole, foco e perseverança. “No começo uma das preocupações da minha mãe foi de que eu ficasse brigão, que saísse na rua arrumando confusão. Mas com o tempo viram que só me fez bem. Eu era esquentadinho, hoje sou outra pessoa e tudo por causa do esporte", afirma.
O atleta também faz questão de destacar o papel dos projetos sociais que mudaram sua vida. "Se não fosse por eles, eu nem teria começado. Um era da prefeitura de Dourados e o outro aqui de Osasco, que fui porque um amigo da escola me chamou. Valeu muito a pena", avalia.
Com a experiência adquirida na trajetória já percorrida, ele compartilha valores com quem está começando. “Para quem está no esporte ou pensando em começar, eu diria pra não desistir dos sonhos. Mesmo que os outros duvidem, é possível. Acredita em você e vai até o fim”, finaliza.
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